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Mercosul fecha novo acordo comercial com bloco europeu

Em meio à crise em acordo com a União Europeia, bloco sul-americano celebra parceria com Associação Europeia de Livre Comércio

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Imagem colorida das bandeiras do Brasil (esquerda) e Mercosul (direita) - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida das bandeiras do Brasil (esquerda) e Mercosul (direita) - Metrópoles - Foto: Wikimedia Commons

Fechado em junho deste ano em meio a grandes celebrações, o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia está sendo questionado pela crise ambiental na Amazônia. Só nesta sexta-feira (23/08/2019), França e Irlanda sinalizaram que não pretendem ratificar o entendimento por causa do comportamento do governo brasileiro diante das queimadas. Mesmo com este cenário, o Mercosul acaba de anunciar um novo acordo comercial com países do hemisfério norte, agora com a Associação Europeia de Livre Comércio, formada por Noruega, Suíça, Liechtenstein e Islândia.

Ainda não foram divulgados detalhes do acordo, assinado hoje em Buenos Aires, capital da Argentina, mas o presidente Jair Bolsonaro (PSL) celebrou pelo Twitter.

“Concluímos hoje as negociações do Acordo de Livre Comércio entre Mercosul e EFTA, que tem Produto Interno Bruto de US$1,1 trilhão e é o 9° maior ator comercial do mundo. Mais uma grande vitória de nossa diplomacia de abertura comercial”, escreveu ele, que também elogiou os ministros Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, Paulo Guedes, da Economia, e Tereza Cristina, da Agricultura, que representaram o Brasil nas negociações.

No ano passado, os países que compõe esse bloco europeu e os do Mercosul tiveram um fluxo comercial de US$ 4,6 bilhões.

Comemoração
Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) celebrou o novo acordo, considerado “um passo importante na estratégia de abertura comercial do Brasil e na maior inserção internacional da indústria”. Segundo o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, o EFTA tem economias que, juntas, importam cerca de US$ 400 bilhões por ano. “O acordo deve abrir o mercado para produtos importantes do Brasil, que atualmente enfrentam tarifas, como alumínio, laminados de ferro, produtos químicos, autopeças, além de aumentar cotas para os produtos agrícolas como carne”, disse.

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