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Mercado reduz projeção de crescimento do PIB de 2019 para 1,49%

Projeção para a alta da produção industrial de 2019 também caiu, de 2% para 1,76%, segundo o Relatório de Mercado Focus

atualizado

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Marcos Santos/USP Imagens
Planilha mostra riscos e dados econômicos
1 de 1 Planilha mostra riscos e dados econômicos - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 despencou de 1,70% para 1,49%, conforme o Relatório de Mercado Focus desta segunda-feira (06/05/2019). Há apenas quatro semanas, a estimativa de crescimento era de 1,97%. Ainda assim, para 2020, o mercado financeiro manteve a previsão de alta do PIB em 2,50%. Quatro semanas atrás, estava em 2,70%.

A projeção do Banco Central para o crescimento do PIB em 2019 é de 2,0%. Esse porcentual foi atualizado no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março.

No Focus desta segunda, a projeção para a alta da produção industrial de 2019 também caiu, de 2,00% para 1,76%. Há um mês, estava em 2,50%. No caso de 2020, a estimativa de crescimento da produção industrial permaneceu em 3,00%, igual ao visto quatro semanas antes.

A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2019 permaneceu em 56,30%. Há um mês, estava em 56,20%. Para 2020, a expectativa foi de 58,50% para 58,30%, ante 58,50% de um mês atrás.

Os economistas do mercado financeiro elevaram a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – em 2019. O relatório do Focus mostra que a mediana para o IPCA este ano passou de alta de 4,01% para 4,04%. Há um mês, estava em 3,90%. A projeção para o índice em 2020 seguiu em 4,00%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo nível.

O relatório trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa também permaneceu em 3,75%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% para ambos os casos.

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

As projeções mais recentes do Banco Central, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,9% em 2019, 3,8% em 2020 e 3,9% em 2021. Elas constaram no RTI)de março. Já o IBGE informou, há quatro semanas, que o IPCA de março subiu 0,75%. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,58%.

No Focus de hoje, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 foi de 3,96% para 3,98%. Para 2020, a estimativa do Top 5 permaneceu em 4,00%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,01% e 4,00%, nesta ordem.

No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2022 no Top 5 seguiu em 3,63%, igual a quatro semanas antes.

Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica de juros) no fim de 2019 e 2020. O Focus trouxe que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 6,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic no fim de 2020 seguiu em 7,50% ao ano, igual a quatro semanas atrás.

No caso de 2021, a projeção seguiu em 8,00%, igual ao verificado um mês antes. Para o fim de 2022 também permaneceu em 8,00%, mesmo patamar de um mês antes.

Em março, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a manutenção, pela oitava vez consecutiva, da Selic em 6,50% ao ano. Ao mesmo tempo, o BC indicou que, em seu cenário básico, o balanço de riscos para a inflação tornou-se simétrico. Ou seja, o risco de uma inflação mais baixa – em função da ociosidade na economia – tem o mesmo peso do risco de uma inflação mais alta – por conta do andamento das reformas e do cenário externo. A instituição reiterou, porém, que manterá a “cautela, serenidade e perseverança” em suas próximas decisões, “inclusive diante de cenários voláteis”.

No grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a mediana da taxa básica em 2019 seguiu em 6,50% ao ano, igual a um mês antes. No caso de 2020, foi de 7,25% para 7,21%, ante 7,50% de quatro semanas atrás. A projeção para o fim de 2021 no Top 5 permaneceu em 8,00%. Há um mês, estava no mesmo patamar. Para 2022, a projeção do Top 5 passou de 7,50% para 7,75%, ante 8,00% de um mês antes.

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