Mercado reduz previsão para inflação em 2021 após semanas de alta
Previsão para a inflação medida pelo IPCA passou de 10,18% para 10,05%. Economistas preveem PIB em 4,65% neste ano
atualizado
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Segundo o Boletim Focus, compilado de previsões do mercado para a economia divulgado semanalmente pelo Banco Central, foi reduzida a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país.
A estimativa para 2021 passou de 10,18%, na semana passada, para 10,05%, nesta segunda-feira (13/12). A melhora ocorre após semanas consecutivas de projeção de inflação maior para este ano.
O IPCA acumula alta de 9,26% no ano e de 10,74% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (10,67%). A inflação acumulada em um ano permanece mais do que o dobro do teto da meta fixada pelo governo para 2021 (5,25%).
Para 2022, manteve-se a expectativa do IPCA em 5,02%. Para 2023 e 2024 as projeções também caíram: saíram de 3,50% para 3,46% e de 3,10% para 3,09%, respectivamente.
PIB, Selic e câmbio
O mercado revisou para baixo as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2021, que passaram de 4,71% para 4,65%. Para 2022, houve uma pequena queda de 0,51% para 0,50%.
Depois da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a taxa Selic (tarifa básica da economia e que regula os juros), a projeção do mercado para a Selic do ano que vem também subiu. Ela saiu de 11,25% para 11,50% ao ano. Para 2023 e 2024 as estimativas se mantiveram em 8% e 7%, respectivamente.
Na última quarta-feira (8/12), o Copom elevou o índice de 7,75% para 9,25% ao ano. A medida busca controlar a inflação.
Nas projeções para o câmbio, espera-se que o dólar termine o presente ano em R$ 5,59. Na semana passada, essa expectativa era de R$ 5,56. Para 2022, as estimativas se mantiveram em R$ 5,55.