Os dados foram divulgados no Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC) após consultas a economistas para os principais indicadores econômicos do país.
A meta de inflação perseguida pelo Banco Central este ano é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, podendo variar entre 5% e 2%. A nova estimativa dos agentes financeiros leva a inflação a se distanciar ainda mais da meta.
Caso se confirme a estimativa do mercado, a inflação deve ficar fora do intervalo pelo segundo ano seguido. Para 2023, a expectativa de inflação passou de 3,7% para 3,75%, de acordo com os números divulgados no boletim.
Os dados também apontam crescimento na projeção da taxa básica de juros, a Selic, para 2022: de 12,75%, índice publicado na semana passada, para 13%. Para 2023, a expectativa é de aumento de 8,75% para 9%.
O boletim também mostra os índices de projeção do Produto Interno Bruto (PIB). Houve pequeno aumento desde a última edição do relatório: de 4,49% para 0,5%. Para 2023, a expectativa é de redução de 1,43% para 1,3%.
No relatório desta semana, não houve alteração na expectativa do câmbio do dólar para 2022. O dado permanece em R$ 5,30. Para o ano que vem, a projeção foi de R$ 5,21 para R$ 5,22.
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país
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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros
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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas
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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido