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Mercado eleva projeção da inflação para 4,55%, acima do teto da meta

Atualmente, o IPCA, que mede a inflação oficial do país, está em 4,42% no acumulado de 12 meses até setembro

atualizado

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Banco Central do Brasil BACEN - Copom - Metrópoles
1 de 1 Banco Central do Brasil BACEN - Copom - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

O mercado financeiro subiu as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país. O índice passou de 4,50%, na semana passada, para 4,55%  – acima do limite da meta para este ano.

Estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta da inflação para 2024 é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (ou seja: 4,5% e 1,5%).

Os dados estão no relatório Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (28/10). As informações são fruto de análise de mais de 100 especialistas do mercado financeiro, consultados semanalmente na pesquisa.

Para 2025, a projeção do mercado para o IPCA subiu de 3,99% para 4%. Enquanto para os anos de 2026 e 2027, a previsão permaneceu em 3,60% e 3,50%, respectivamente.

Atualmente, o IPCA está em 4,42% no acumulado de 12 meses até setembro. No mês passado, a inflação cresceu 0,44%, puxada principalmente pelo aumento dos preços da energia elétrica (5,36%).

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu que a inflação do país ficará dentro da meta para 2024: “No acumulado do ano, estamos entendendo que a inflação deve ficar dentro da meta”, afirmou.

Selic inalterada

A estimativa da taxa básica de juros do país, a Selic, para este ano permanece inalterada, pela quarta semana seguida, em 11,75% ao ano. Ou seja, o mercado aposta em novas elevações na taxa de juros até o fim deste ano.

Segundo a projeção dos economistas, a Selic subirá dos atuais 10,75% ao ano para 11,75% ao ano até o fim de 2024. Isso significa que os analistas esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumente a taxa de juros nas próximas duas reuniões do comitê (de novembro e dezembro).

A próxima reunião do Copom está prevista para ocorrer na terça (5/11) e quarta-feira (6/11).

PIB

A previsão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano cresceu pela 3ª semana consecutiva, indo de 3,05% para 3,08%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade.

Com isso, as expectativas do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira estão cada vez mais próximas das estimativas desenvolvidas pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, e pelo Banco Central. Ambas preveem crescimento de 3,2% em 2024.

Para 2025, a previsão dos economistas continua em 1,93%. Em 2026, a estimativa do PIB é de 2%.

Outros indicativos

Ainda conforme o Focus, o mercado financeiro mostrou estimativas sobre:

  • Dólar: a projeção para a taxa de câmbio subiu de R$ 5,42 para R$ 5,45 até o fim deste ano. Para 2025, o valor continua sendo de R$ 5,40. Enquanto em 2026, a previsão passou de R$ 5,30 para R$ 5,33.
  • Balança comercial: o saldo da balança comercial (valores do total exportações menos as importações) caiu, pela quarta semana seguida, saindo de R$ 78 bilhões para R$ 77,95 bilhões de superávit em 2024, conforme projeção do mercado. Por outro lado, a expectativa para saldo positivo em 2025 cresceu, indo de R$ 76,09 bilhões para R$ 76,8 bilhões. Em 2026, a estimativa de superávit permaneceu em R$ 79 bilhões. Para 2027, a previsão da balança comercial cresceu de R$ 80 bilhões para R$ 80,11 bilhões.

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