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São Paulo – Os economistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) elevaram pela 19ª semana seguida a previsão para a inflação oficial do país em 2020.
Segundo o relatório semanal Focus, divulgado nesta segunda-feira (21/12) pela autoridade monetária, a mediana de projeções para o IPCA (Índices de Preços ao Consumidor Amplo) neste ano passou de 4,35% para 4,39%. Há um mês, estava em 3,45%.
A estimativa dos economistas para a inflação está acima do centro da meta de 2020, de 4%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (de 2,50% a 5,50%).
A elevação das projeções ocorre após o anúncio da retomada do sistema de bandeiras tarifárias na conta de luz em dezembro, com taxa extra de R$ 6,243 a cada 100 kWh. Com a pandemia do novo coronavírus, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vinha praticando a bandeira verde, sem cobrança de taxa extra.
A inflação ficou em 0,89% em novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, a taxa acumulada está em 4,31%.
Para o próximo ano, a projeção para a inflação subiu de 3,34% para 3,37%. Quatro semanas atrás, estava em 3,4%. No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
Ao mesmo tempo, o mercado reduziu as projeções para a taxa de câmbio em 2020 e 2021. Os economistas veem agora o dólar a R$ 5,15 ao fim deste ano, R$ 5,20 antes. Para 2021, a expectativa é de que a moeda norte-americana termine a R$ 5.
Para o PIB, a estimativa de queda em 2020 melhorou a 4,4%, contra queda de 4,41% prevista antes. Para 2021, a previsão de crescimento da economia brasileira diminuiu em 0,04 ponto, a 3,46%.