Meirelles: sem reforma, 80% do Orçamento vai para a Previdência
Segundo ministro, com os ajustes na reforma da Previdência, haverá uma economia aos cofres públicos de 60% do que era previsto originalmente
atualizado
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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira (22/11) que vê possibilidades concretas de aprovação da reforma da Previdência. Após participar de reunião no Palácio do Planalto, o ministro afirmou que o debate não pode mais ser adiado.
De acordo com o ministro, a proposta original foi alterada no Congresso, com a retirada de pontos polêmicos, entre eles o tempo mínimo de contribuição.“Caso a reforma previdenciária não seja aprovada, em dez anos 80% do Orçamento da União será ocupado apenas com o pagamento da Previdência. E esse percentual vai seguir subindo nos anos seguintes, até que não haverá mais recursos para segurança, educação, saúde”, destacou Meirelles.
“O tempo mínimo de contribuição na proposta original era de 25 anos. Agora, vai passar para 15. Porém, quem contribuir por 15 anos e atingir a idade mínima receberá 60% do teto da aposentadoria”, acrescentou.
Segundo Henrique Meirelles, com os ajustes na reforma da Previdência, haverá uma economia aos cofres públicos de 60% do que era previsto na proposta original do governo. Conforme o ministro, o montante a ser economizado em dez anos seria de R$ 780 bilhões.
O tema reforma da Previdência será novamente debatido nesta quarta-feira, à noite, durante jantar no Palácio da Alvorada que reunirá o presidente da República, Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro Henrique Meirelles, governadores e parlamentares da base aliada do governo.