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Meirelles anuncia nesta terça equipe econômica e presidente do BC

Ainda haverá uma rodada para definir os gestores de bancos públicos como Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal e Banco da Amazônia

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ilan Goldfajn
1 de 1 ilan Goldfajn - Foto: Memória EBC/Divulgação

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anuncia a sua equipe e os dirigentes dos bancos públicos e do Banco Central na manhã desta terça-feira (17/5). Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco, será indicado como presidente do BC. O Senado deve autorizar a indicação, mas, até lá, Alexande Tombini permanece como chefe do banco. O futuro chefe da autoridade monetária deixará de ter status de ministro de Estado.

Para Meirelles, a tomada de confiança é gradual e se dá pela mudança de governo e resolução dessa incerteza política. Ele também o nível de tributação brasileira é elevado, mas a prioridade é o equilíbrio das contas públicas e a retomada do crescimento com criação de emprego.

Meirelles disse que será enviado um projeto de lei ao Congresso Nacional para que ele mantenha o foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com ele, toda a diretoria do BC, por esse projeto que será enviado ao Legislativo, também passará a ter foro privilegiado. “Embora perca o estatuto de ministro, o foro especial mantém a autonomia de decisão do presidente do BC”, afirma o ministro.

Economista com mestrado pela PUC do Rio de Janeiro e doutorado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), Goldfajn já atuou em organizações internacionais, como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e as Nações Unidas. Respeitado pelo mercado e pelo setor empresarial, é considerado um economista com uma visão conservadora, que não se furta a subir os juros quando necessário para conter as pressões inflacionárias.

Para tomar posse, Goldfajn ainda tem de ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal e ter seu nome aprovado por esta comissão e também pelo plenário daquela Casa – assim como os diretores que forem por ele indicados.

Bancos públicos
Segundo o ministro, a próxima rodada de decisões será sobre os bancos públicos —Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal e Banco da Amazônia. “Cada um dos gestores será anunciado, que pode inclusive ser a manutenção dos atuais membros ou ocupantes do cargo”, explica Meirelles. É dada como certa a ida do atual presidente da Infraero, Gustavo do Vale, para o comando do Banco do Brasil, no lugar de Alexandre Abreu. Ele tem ligações com o PMDB, e já foi vice-presidente de Tecnologia da instituição.

Para a presidência da Caixa Econômica Federal, será nomeado Gilberto Occhi, indicação do PP.

Na segunda (16), Maria Silvia Bastos Marques foi confirmada como a nova presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ela substitui Luciano Coutinho, que estava no cargo desde 2007, quando foi indicado pelo ex-presidente Lula. É a primeira vez que uma mulher vai comandar o BNDES. Maria Silvia é economista, já foi diretora do próprio BNDES e presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

Ajustes
Também serão anunciados os integrantes da equipe de Meirelles no Ministério da Fazenda. A missão do grupo será a de conduzir um ajuste das contas públicas brasileiras. Nos últimos dois anos, foram registrados déficits fiscais (despesas maiores que arrecadação), sendo o último deles, em 2015, superior a R$ 110 bilhões.

Para este ano, o ministro Meirelles já admitiu que deverá ser registrado novo déficit e que ele deverá superar a marca dos R$ 96 bilhões. O mercado prevê um rombo próximo de R$ 100 bilhões também para 2017.

Alguns nomes já foram confirmados. Tarcísio José Massote de Godoy será secretário-executivo do ministério. Godoy é servidor da carreira de finanças e controle do Tesouro Nacional desde 1993 e foi secretário do ex-ministro Joaquim Levy.

Marcelo Caetano cuidará da Secretaria de Previdência. Ele tem como principal finalidade formular uma política de Previdência no Brasil. “Devemos apresentar uma proposta em 30 dias”, afirmou Meirelles.

O ex-diretor do Banco Central Carlos Hamilton Araújo irá chefiar a Secretaria de Política Econômica (SPE). O especialista em contas públicas Mansueto Almeida vai cuidar da Secretaria de Acompanhamento Econômico (SAE). “Carlos vai ajudar a formular as políticas econômicas enquanto Mansueto vai fornecer a base de dados e avaliação dos componentes de despesas públicas com precisão e tranquilidade”, explica o ministro.

Meirelles pretende manter boa parte do grupo que estava com o ex-ministro Nelson Barbosa. Otávio Ladeira continua como secretário do Tesouro e Jorge Rachid permanece como secretário da Receita Federal.

Os secretários da Receita Federal, Jorge Rachid, de Assuntos Internacionais, Luís Balduíno, e do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, devem permanecer. (Com informações do IG, G1 e O Globo)

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