Medo do desemprego diminui, mas ainda apavora brasileiros
De acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o nível recuou 2 pontos em dezembro de 2017, se comparado a setembro
atualizado
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O Índice de Medo do Desemprego caiu para 65,7 pontos em dezembro de 2017 e ficou 2 pontos porcentuais abaixo do registrado em setembro, quando foi feito o último estudo. Ainda assim, continua muito acima da média histórica, que é de 48,8 pontos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (5/1) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo os especialistas, com o leve recuo no índice, é possível concluir que a recuperação da economia sentida pelos brasileiros ainda não afasta o temor em relação ao medo de ficar desempregado.
Se comparado com o ano de 2016, o Índice de Medo do Desemprego apresentou alta de 0,9 ponto. “O emprego reage à recuperação da economia de forma defasada. As empresas contratam somente quando têm segurança de que o crescimento será sustentado, pois elas arcam com custos de contratação, treinamento de novos trabalhadores e de demissão, se a recuperação da economia não se sustenta”, explica a economista da CNI Maria Carolina Marques.Ela acredita que, conforme a situação econômica do país for melhorando, as performances dessas pesquisas também serão mais satisfatórias. “A população percebe essa demora na reação do mercado de trabalho e o medo do desemprego continua elevado. À medida que o crescimento econômico se mostrar sustentado, o resultado no emprego deve aparecer com maior intensidade e o medo do desemprego deve ceder”, completa Maria Carolina.
Qualidade de vida
A pesquisa também mostra que a satisfação com a vida diminuiu entre setembro e dezembro do ano de 2017. O índice atingiu 65,6 pontos em dezembro, 0,4 ponto menor do que o de setembro e inferior à média histórica, que é de 69,9 pontos.
O indicador ficou 1,2 ponto inferior ao de dezembro de 2016. O levantamento foi feito entre 7 e 10 de dezembro de 2017 com 2 mil pessoas em 127 municípios.