“MEC tem quase metade do funcionalismo público federal”, diz Guedes
De acordo com o ministro da Economia, a maioria dos colaboradores são professores públicos
atualizado
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou nesta terça-feira (1/6) de uma audiência virtual da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados para dar explicações sobre os cortes nos orçamentos da Educação e da Saúde.
Em sua fala, Guedes tentou justificar os congelamentos de gastos nessas pastas e criticou algumas despesas obrigatórias que “complicam” os repasses. Entre elas, citou o funcionalismo público. O ministro afirmou que “quase metade” desses funcionários no país fazem parte do Ministério da Educação (MEC).
“MEC tem quase metade do funcionalismo público federal. Mas por que estamos no último lugar do piso?”, indagou Guedes. De acordo com o próprio ministro da Economia, a maioria dos colaboradores do MEC são professores públicos.
O requerimento da audiência foi feito pelos deputados federais Glauber Braga (Psol-RJ), Ivan Valente (Psol-SP) e Sâmia Bomfim (Psol-SP). Segundo os parlamentares, entre o fatos mais preocupantes relativos à educação pública brasileira, destacam-se à baixa execução dos recursos alocados no orçamento.
“O MEC simplesmente não tem gasto uma parcela considerável dos recursos que são assegurados, penalizando sobremaneira os investimentos que se fazem necessários”, afirmam.
Universidades
No último mês, Guedes também foi alvo de críticas sobre os cortes nos gastos das universidades federais. Sobre isso, o ministro disse que serão desbloqueados R$ 4,5 bilhões. “Isso para a criação de vagas pras universidades, isso já foi atendido”, contou.
Instituições tradicionais, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), já anunciaram que podem fechar as portas. Ao Metrópoles, para a coluna Grande Angular, a reitora da Universidade de Brasília (UnB) também afirmou que a “situação é dramática”.
A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021 formulada pela equipe econômica de Paulo Guedes cortou 100% dos recursos para investimentos nas universidades e reduziu em 4,6% os recursos para o pagamento de despesas discricionárias.