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Marinho pede que oposição apresente proposta para a Previdência

O secretário reiterou sua posição a favor da integralidade do projeto, que prevê uma economia de R$ 1,236 trilhão em 10 anos

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
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1 de 1 1069491-df_mcamg__abr_16.03.2017-2971 - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse nesta terça-feira (30/04/2019) que está ansioso para ouvir alternativas à proposta apresentada pelo governo federal para a nova Previdência Social. Ele propôs que os debates sobre o tema sejam feitos de forma técnica.

“Espero que a política, por mais importante que seja, e as paixões sejam sobrepostas pelo debate técnico. Os opositores já foram governo e sabem da necessidade de reestruturação [da Previdência Social]. Chegou a hora de a oposição mostrar qual é o seu projeto”, disse o secretário após participar do seminário Desafios para a Previdência e a Proteção Social no Brasil – evento promovido pelo Instituto Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Estamos sôfregos e ansiosos para escutar qual é a alternativa a ser apresentada por aqueles que se colocam contra”, acrescentou.

O secretário reiterou sua posição a favor da integralidade do projeto, que prevê uma economia de R$ 1,236 trilhão ao longo de 10 anos.

Marinho elogiou a forma como a questão tem sido tratada por parte do Parlamento. “Tenho sentido um clima muito propositivo no Congresso Nacional, ao contrário do que ocorria em outras épocas”.

Segundo ele, o projeto apresentado combate fraudes e cobra de quem deve à Previdência, além de estar focado em uma lei de responsabilidade voltada aos municípios. “Temos a responsabilidade de enfrentar esse problema e de não varrê-lo para debaixo do tapete. Quem tem mais paga mais. Quem tem menos paga menos. Mas todos pagam”, destacou.

De acordo com o pesquisador da Universidade Cândido Mendes Paulo Tafner, que já foi pesquisador do Ipea, em 1980 havia no mercado de trabalho 9,2 trabalhadores ativos para cada inativo. “Em 2020 serão 4,7 ativos para cada inativo; e em 2060 será 1,6 ativo para cada inativo. Isso coloca muita pressão sobre um sistema de sustentabilidade”, disse o economista.

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