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Mansueto diz que problemas do Brasil “são mais de ordem interna”

O secretário do Tesouro Nacional lembrou que hoje o país não tem nenhum problema de pagamentos referente a obrigações externas

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Brasília (DF), 14/09/2017 VOGA INVEST & XP INVESTIMENTOSLocal: CLUBE DE GOLF DE BRASÍLIA | Restaurante OLIVER  Foto: Hugo Barreto/Especial para o Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 14/09/2017 VOGA INVEST & XP INVESTIMENTOSLocal: CLUBE DE GOLF DE BRASÍLIA | Restaurante OLIVER Foto: Hugo Barreto/Especial para o Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Para o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, os problemas que afetam a economia brasileira, impedindo seu crescimento, são mais de ordem interna do que externa, quando o Brasil era devedor internacional. De acordo com ele, se hoje o Brasil tem um déficit nominal de 7% do PIB, também é verdade que há uma rede social muito bem montada que protege mesmo os desempregados.

“Nosso maior problema hoje é doméstico. A história do Brasil pós-Segunda Guerra Mundial é de crises que, em geral, tinham um componente doméstico e um componente externo muito forte. Eram crises que vinham de fora e batiam nas nossas restrições, como por exemplo no pagamento da dívida externa”, disse Mansueto.

Ele lembrou que nas décadas de 70 e 80 os grandes vilões contrários ao crescimento da economia brasileira eram instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a dívida externa. “Isso acabou. O Brasil hoje não tem nenhum problema referente a obrigações externas. O Brasil não tem nenhum problema de Balanço de Pagamentos. O Brasil hoje está com problemas de políticas equivocadas que foram tomadas por nós brasileiros e por nossos representantes no governo brasileiro”, criticou Mansueto.

O secretário diz que quando fala “nós brasileiros” é porque muitas das coisas erradas feitas no Brasil passaram pelo Congresso Nacional. “Muitas coisas que foram feitas de erradas neste País vieram do apoio de parte da elite empresarial”, afirmou, acrescentando que quando o governo brasileiro fez intervenção no setor elétrico brasileiro para ter energia mais barata, mudando o marco regulatório, que era claramente inconsistente, e forçando artificialmente os preços da energia a ficarem mais baratos, vários setores empresariais defenderam a intervenção.

“O resultado disso é que fizemos uma série de investimentos que hoje não ficam em pé e que precisam ser revistos com seus marcos regulatórios ruins. Nas três hidrelétricas feitas no Norte – Belo Monte, Jirau e Santo Antonio -, todo o planejamento financeiro foi feito com a taxa de juro subsidiada do BNDES de 5,25% por 20, 30 anos”, disse, acrescentando que isso tudo foi passado para o consumidor.

Para ele, o País que faz opção por uma rede social não tem dinheiro para fazer política industrial ativa e o Brasil, especialmente a partir de 2008, 2009, voltou a fazer política industrial ativa.

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