Maia: sem aprovar Previdência, até 2022, estados não pagarão salários
O presidente da Câmara se pronunciou, também, sobre a reunião que o ministro Paulo Guedes participou na CCJ: “Às vezes, sobe o sangue”
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que caso a reforma da Previdência não seja aprovada, até 2022 ao menos 20 estados não terão condições de pagar salários. As frases foram ditas em entrevista à GloboNews durante a realização do 18º Fórum Empresarial do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), realizado na cidade de Campos do Jordão (SP).
Em entrevista ao jornal, o democrata afirmou que, mesmo com as crises recentes que teve com a equipe presidencial e com o próprio presidente, a sua relação com o ministro da Economia, Paulo Guedes, “sempre foi de união”.
“Nunca deixamos de trabalhar juntos. A reforma da Previdência, do estado brasileiro, está acima do embate político”, completou Maia.
O presidente da Câmara se pronunciou, ainda, sobre a votação da reforma. Segundo ele, pouco importa se a reforma terá ou não sido aprovada até o fim do primeiro semestre, como deseja o presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Se a gente aprovar no final de junho, no início de julho ou começo de agosto não faz muita diferença.”
O relator da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), afirmou que votará o texto em 16 e 17 de abril. O presidente da Comissão, Felipe Francischini (PSL-PR), acredita que não haverá adiamentos.
CCJ
Maia comentou, também, sobre a reunião que Guedes participou na CCJ da Câmara e que terminou em tumulto entre o ministro e o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), que chamou o ministro de “tchutchuca”. “Às vezes sobe o sangue do parlamentar, acha que pode bater e passa do tom”, disse ele.
Na reunião, o deputado disse que Guedes seria um “tigrão para aposentados e idosos”, mas uma “tchutchuca da turma mais privilegiada”. O ministro, então, respondeu “tchutchuca é a sua mãe, a sua avó”.