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Maggi visita planta da BRF acompanhado pela imprensa chinesa

A visita é uma das ações do governo para minimizar os efeitos da Operação Carne Fraca da Polícia Federal

atualizado

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Divulgação/Ministério Agricultura
brf china
1 de 1 brf china - Foto: Divulgação/Ministério Agricultura

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, encerrou nesta noite de quinta-feira (23/3) uma visita à planta da BRF em Rio Verde (GO) acompanhado por representantes da imprensa chinesa. “Uma imagem vale mais do que mil palavras”, disse ele.

O ministro acrescentou que, de acordo com técnicos da fábrica, é a primeira vez que aquela linha de produção foi visitada por jornalistas, inclusive com uso de câmeras. “Quando estamos numa guerra, as posições são flexibilizadas”, comentou o ministro. Em tempos normais, acrescentou ele, tal visita não seria possível. A planta visitada exporta para a China e emprega cerca de 7.000 pessoas.

A China suspendeu temporariamente o desembaraço aduaneiro das cargas de carne brasileira que chegam ao país. A restrição atinge não apenas os 21 frigoríficos que foram alvos da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, mas todos os estabelecimentos que exportam para aquele país. “O embargo, ainda que temporário, nos deixa bastante preocupados”, comentou o ministro.

Ele acrescentou que as investigações da operação Carne Fraca não são sobre a qualidade dos produtos brasileiros, e sim o comportamento de pessoas ligadas ao ministério que acabaram “criando um grande problema para o Brasil”. “Não se discute a validade da operação”, afirmou o ministro. Ele acrescentou que é necessário separar as questões de saúde do que é corrupção.

Maggi informou ainda que no próximo dia 29 será lançado o novo regulamento de inspeção de alimentos, já que as regras atuais datam de 1952. Será também anunciado um plano de defesa agropecuária. Essas medidas já estavam em preparação no ministério antes da operação Carne Fraca.

Questionado por jornalistas chineses sobre como o governo brasileiro vê a reação do governo chinês, Maggi disse que, se fosse o contrário, se a China fosse o exportador e o Brasil o importador, seria também natural que o governo, ao ser informado sobre irregularidades, suspendesse temporariamente as suas compras. “Não posso reclamar da reação dos países”, admitiu.

Passado o primeiro impacto, disse, o Brasil precisa dar explicações. Isso já foi feito com centenas de países e alguns já reverteram ou abrandaram suas restrições. O objetivo da visita, explicou o ministro, é enviar uma mensagem aos consumidores chineses que os produtos brasileiros são de qualidade.

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