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Lucro da Caixa sobe 202,6% e chega a R$ 12,5 bilhões em 2017

No quarto trimestre, o banco obteve lucro líquido de R$ 6,273 bilhões, 780,2% acima do mesmo intervalo de 2016, quando somava R$ 713 milhões

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DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO
FACHADA BANCO CAIXA ECONOMICA FEDERAL
1 de 1 FACHADA BANCO CAIXA ECONOMICA FEDERAL - Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

A Caixa Econômica Federal anunciou lucro líquido recorde em 2017, de R$ 12,5 bilhões, 202,6% superior ao registrado em 2016. O lucro líquido recorrente totalizou R$ 8,6 bilhões, alta de 106,9% em 12 meses, e também superou o melhor resultado já alcançado, disse o banco. O retorno sobre o patrimônio líquido recorrente foi de 12,9%, crescimento de 6,3 pontos porcentuais em 12 meses.

No quarto trimestre, a Caixa obteve lucro líquido de R$ 6,273 bilhões, 780,2% acima do mesmo intervalo de 2016, quando o lucro líquido somava R$ 713 milhões.

Os ativos administrados subiram 1,9%, em doze meses, para R$ 2,176 trilhões no quarto trimestre do ano passado, mas caíram 0,9% frente ao terceiro trimestre. Os ativos totais somaram R$ 1,260 trilhão ao final do quarto trimestre, representando alta de 0,4% em 12 meses.

O patrimônio líquido do banco cresceu 12,2%, no quarto trimestre em comparação ao mesmo intervalo de 2016, para R$ 71,38 bilhões

O índice de Basileia atingiu 17,7%. O índice de Capital Principal e o de Nível I marcaram 11,2%, mantendo-se acima do mínimo exigido de 6,0% e 7,5%, respectivamente. Os Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) totalizaram R$ 529,5 bilhões em dezembro de 2017, redução de R$ 44,6 bilhões.

A Caixa informou que para cumprir os requerimentos mínimos de capital, conforme exigências do Acordo de Basileia III, tem implementado medidas para reforço da sua estrutura de capital, como a redução de despesas, ajuste dos processos de alocação de capital, utilização da métrica do Retorno Ajustado ao Risco no Capital (RAROC) para gestão da carteira de crédito, disseminação da cultura de risco, entre outras.

Carteira de crédito
A carteira de crédito ampla da Caixa Econômica Federal somava R$ 706,27 bilhões ao final de dezembro, representando uma queda de 0,4% se comparado a dezembro de 2016 e retração de 0,8% frente ao terceiro trimestre do ano passado. No informe de resultados, o banco comenta que houve manutenção da participação de mercado em 22,4% na concessão de crédito.

A carteira de crédito pessoa jurídica recuou 23,1%, em doze meses, até dezembro de 2017, para R$ 68,1 bilhões, enquanto a carteira de crédito pessoa física cedeu 8,6% no mesmo intervalo comparativo, para R$ 93,68 bilhões.

A carteira imobiliária da Caixa cresceu 6,3% em 12 meses, até dezembro de 2017, para R$ 431,7 bilhões.

O resultado operacional recorrente alcançou R$ 10,4 bilhões em 2017, avanço de 157,1% em 12 meses, influenciado pelo crescimento da margem financeira em 14,1%, pela redução nas despesas com Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) em 4,2%, pelo avanço nas receitas com prestação de serviços em 11,5% e pelo controle das despesas administrativas e de pessoal.

As despesas com PDD atingiram R$ 5,8 bilhões, representando alta de 17,6%, em 12 meses, até o final do quarto trimestre, enquanto no total do ano somaram R$ 19,27 bilhões, queda de 4,2% em relação a 2016.

Inadimplência
O índice de inadimplência encerrou o ano com redução de 0,6 ponto porcentual em 12 meses, alcançando 2,25%, “significativamente abaixo da média de mercado, de 3,25%, influenciado pela estratégia de melhoria da gestão de riscos”, comenta o banco.

As receitas com prestação de serviços cresceram 11,5% em 2017, totalizando R$ 25,0 bilhões. Os principais destaques foram as receitas de conta corrente, administração de fundos de investimento e convênios e cobrança que cresceram, respectivamente, 31,0%, 21,7% e 7,4% em 12 meses, de acordo com o banco.

Outras despesas
As outras despesas administrativas recuaram 2,3% em 12 meses, totalizando R$ 11,9 bilhões. Segundo a Caixa, foi a primeira vez na história do banco que ações de eficiência geraram redução dessas despesas entre os exercícios.

As despesas de pessoal alcançaram R$ 22,4 bilhões no ano, avanço de 6,6% em 12 meses, impactadas pelo acordo coletivo e pelos planos de demissão voluntária, que geraram despesas não recorrentes de R$ 863,0 milhões, com o desligamento de 7 mil empregados.

Com esse desempenho, o índice de eficiência operacional recorrente alcançou 49,8%, melhora 2,3 p.p. em 12 meses. O índice de cobertura de despesas administrativas alcançou 72,9%, melhora de 5,3 p.p, e o índice de cobertura de despesa de pessoal somou 111,6%, avanço de 4,8 p.p. em 12 meses.

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