Leilão do Guedes: saiba quanto rendeu a venda de carros do ministro
Todos os 86 veículos oficiais postos à venda foram arrematados. Arrecadação superou em 49% as expectativas da Economia
atualizado
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A venda de 86 veículos oficiais do governo federal rendeu mais de R$ 1,2 milhão ao Ministério da Economia. O leilão ultrapassou as expectativas do titular da pasta, Paulo Guedes, que estimava uma arrecadação de R$ 816 mil. Na lista dos carros vendidos, há modelos de 1996 e 1997, como caminhonetes Hilux e S10 avaliadas em R$ 6,5 mil e R$ 8 mil, respectivamente. Entre os automóveis mais novos, de 2008 e 2009, está um sedan Linea avaliado em R$ 13 mil.
O leilão foi realizado nessa quinta-feira (16/05/2019), de forma presencial e eletrônica. Esse é o segundo evento do tipo para venda veículos realizado após a implantação do TáxiGov – sistema que atende a Esplanada dos Ministérios. No primeiro leilão, em outubro de 2018, foram vendidos 35 dos 47 automóveis ofertados, e R$ 568 mil forram arrecadados.
De acordo com o governo, além da receita obtida, de R$ 1,2 milhão, o leilão também possibilita a redução de despesas com manutenção dos carros e compra de combustível, limpeza e manutenção de garagem. O Executivo cortou o uso de veículos de transporte institucional e especiais, em fevereiro de 2017. A estimativa de economia é de R$ 20 milhões por ano.
A arrecadação, além das expectativas de Guedes, é realizada no momento em que o governo impõe contingenciamentos severos nas áreas da educação e da saúde. Agora, o montante adquirido com a venda dos veículos dá uma folga aos responsáveis pelo controle dos gastos públicos.
Veículos
Os novos proprietários dos carros leiloados devem ficar atentos às condições do governo, pois o Ministério da Economia não se responsabiliza por avarias ou defeitos nos itens postos à venda. “Os veículos, sem qualquer exceção, serão vendidos no estado de conservação em que se encontram, sem qualquer garantia de funcionamento”, destaca o edital do leilão realizado nessa quinta.
Entre os problemas diagnosticados pelo Ministério da Economia estão ferrugem, motor e caixa de câmbio danificados e falta de peças e acessórios. O governo recomendou uma verificação prévia dos carros antes da compra. Agora, o problema é dos arrematantes.