Leilão do 5G movimenta R$ 46,8 bilhões. Veja os resultados

Chega ao fim a maior licitação do setor de telecomunicações do país, o leilão do 5G, que oferecerá a internet de quinta geração. Depois de mais de um ano de vetos e prorrogações, o saldo final do certame foi de R$ 46,79 bilhões, conforme anunciou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nesta sexta-feira (5/11).

Os itens em licitação foram divididos por faixas de frequência: 700 MHz (megahertz); 2,3 GHz (gigahertz); 3,5 GHz; e 26 GHz. Essas faixas funcionam como “caminhos” no ar para transmissão de dados. O prazo de outorga — direito de exploração das faixas — será de até 20 anos.

O que é o 5G, tecnologia que aumenta velocidade da internet no celular

Saiba quais as empresas vencedoras do leilão do 5G

Veja quando a tecnologia do 5G deve chegar à sua cidade

De acordo com o ministro da Comunicações, Fábio Faria, este foi o segundo maior leilão da história do Brasil, atrás somente da licitação do pré-sal. O chefe da pasta também destacou que a chegada do 5G trouxe seis novas operadoras ao mercado, além das já conhecidas do público: Tim, Vivo e Claro.

Veja os resultados do certame:
Faixa de 700 MHz
Vencida pela Winity II Telecom. A empresa arrematou o lote pelo valor de R$ 14.278.724.971,78 bilhões. Como compromisso, a companhia deverá implementar a tecnologia 4G em diversas rodovias do Brasil e em outras localidades. Com o resultado, o Brasil contará com uma nova operadora de telefonia móvel.

Faixa de 3,5 GHz, lotes nacionais
As vencedoras dos lotes tipo B são mais conhecidas do público: as operadoras Claro, TIM e Telefônica (dona da marca Vivo). A faixa era considerada a principal do leilão do 5G.

Faixa de 3,5 GHz, lotes regionais

• Sercomtel, com atuação na região Norte e estado de SP, salvo exceções;
• Brisanet, com atuação nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, salvo exceções;
• Consórcio 5G Sul, com atuação na região Sul;
• Cloud2U, com atuação nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, salvo exceções; e
• Algar Telecom, com atuação em alguns municípios de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo.

Essa faixa é exclusiva para o 5G, e tem capacidade de transmissão de alta velocidade. A frequência também é a mais usada no mundo quando o assunto é o 5G, com foco no varejo e na indústria.

Com os lotes nacionais e regionais, a faixa de 3,5 foi orçada em quase R$ 30 bilhões. Desse total, quase R$ 29 bilhões são destinados ao cumprimento das obrigações previstas no edital.

Faixa 2,3 GHz
Nesta faixa, as contrapartidas exigidas pela Anatel em edital tratam da cobertura de 4G em regiões urbanas que ainda não têm acesso à tecnologia e estão no chamado “deserto digital”. Confira a divisão por regiões onde cada empresa irá atuar:

• Claro: regiões Norte, Centro-Oeste e Sul e no estado de São Paulo, salvo exceções;
• Brisanet: região Nordeste;
• Vivo: estados de RJ, ES e MG.
• Algar Telecom: Sul de Minas e em localidades de GO, MT e SP.

Faixa de 26GHz, lotes nacionais
Lotes nacionais, com autorização de 20 anos para exploração da faixa:

• Claro
• Vivo

Lote nacional, com autorização de 10 anos para exploração da faixa:

• TIM

Faixa de 26GHz, lotes regionais

Lotes regionais:

• TIM – região Sul, além dos estados de SP, RJ, ES e MG.
• Algar Telecom – triângulo mineiro e localidades de MS, GO e SP.
• Flylink – triângulo mineiro e localidades de MS, GO e SP.

Lotes regionais, autorização de 10 anos para exploração de faixa:

• TIM – região Sul, além dos estados de SP, RJ, ES e MG.
• Neko – estado de SP.

Detalhes do leilão