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Leilão de aeroportos rendeu valor acima do esperado pelo governo

O mínimo esperado era de R$ 185 milhões, o que, na avaliação de especialistas, significa que o leilão foi um sucesso

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Destroços da turbina
1 de 1 Destroços da turbina - Foto: Reprodução/Twitter

O primeiro leilão da Infra Week, como foi batizado os três dias de concessões em infraestruturas, teve sequência nesta quarta-feira e vai render ao governo R$ 3,3 bilhões em pagamento de outorga.

O mínimo esperado era de R$ 185 milhões. Assim, na avaliação de especialistas, o leilão pode ser considerado um sucesso.

A grande vencedora da primeira disputa foi o Grupo CCR. Com um ágio que chegou a superar 9.000%, o grupo arrematou os blocos Sul e Central. A empresa deu um lance de R$ 2,128 bilhões no lote Sul, com ágio de 1.534%. Quanto ao lote Central, a oferta foi de R$ 754 milhões e ágio de 9.156%.

“Estamos confiantes nessa retomada econômica e que os aeroportos trarão essa abrangência para nós. Queremos oferecer uma experiência diferenciada para nossos passageiros”, afirmou representante da CCR.

O bloco Norte ficou com a francesa Vinci Airports, que deu um lance de R$ 420 milhões.

“O Norte depende de conexões, uma vez que não há estradas. Estamos muito contentes com esse investimento. Pensamos: por que não transformar Manaus em um canal de comunicação com os EUA, Caribe, e Américas, como é o Panamá. No Brasil, ainda não temos isso”, afirmou o representante da Vinci.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, comemorou o resultado em coletiva transmitida após o leilão.

“O Brasil merece esse crédito, é um país rico em oportunidades. Que atravessa um momento difícil sim, mas tem capacidade de se reinventar”, disse. “O desafio é gerar o máximo de empregos que pudermos”, complementou.

Pandemia

Se os valores arrecadados teriam sido maiores, caso a Infra Week ocorresse antes da pandemia da Covid-19, é relativo dizer, afirmam especialistas. Entretanto, os números foram muito acima dos esperados pelo governo, afirmou o economista-chefe da Infinity, Jason Vieira.

“Talvez o ágio de 9.000% poderia ser de 12.000% se não estivéssemos em um contexto de pandemia, mas isso é impossível saber. O importante é que entrou dinheiro no meio da crise. É sempre bom entrar verba diante desta situação fiscal do país”, disse.

Entre 2019 e 2020, o governo transferiu 41 ativos para a iniciativa privada, os quais foram responsáveis por R$ 44,3 bilhões em investimentos e renderam R$ 13,4 bilhões em pagamento de outorgas, de acordo com o ministério. A promessa da pasta da Infraestrutura é de contratar R$ 260 milhões em investimentos transferidos para a iniciativa privada até o fim do mandato do presidente Bolsonaro.

Confira a divisão dos blocos entre os aeroportos:

  • Bloco Sul: Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Navegantes (SC), Londrina (PR), Joinville (SC), Bacacheri (PR), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS);
  • Bloco Norte: Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga (AM), Tefé (AM) e Boa Vista (RR);
  • Bloco Central: Goiânia (GO), São Luís (MA), Teresina (PI), Palmas (TO), Petrolina (PE) e Imperatriz (MA).

 

 

 

 

 

 

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