metropoles.com

LDO 2024 condiciona R$ 172 bi acima do teto à aprovação do arcabouço

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevê zerar o rombo em 2024, um superávit de 0,50% do PIB, em 2025, e de 1% do PIB em 2026

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Getty Images
Imagem mostra moedas e notas de real espalhadas - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra moedas e notas de real espalhadas - Metrópoles - Foto: Getty Images

O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024 reserva R$ 172 bilhões acima do teto de gastos. Esse valor, porém, está condicionado à aprovação do novo arcabouço fiscal, regra proposta pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para substituir o teto.

“Essa autorização [dos recursos acima do teto] viabilizará a recomposição e a execução das políticas públicas prioritárias para o país, o funcionamento da máquina e o investimento da União”, informou o Ministério do Planejamento em nota.

O texto foi protocolado na última sexta-feira (14/4) no Congresso Nacional, dentro, portanto, do prazo previsto pela Constituição (15 de abril).

Nesta segunda-feira (17/4), as equipes dos ministérios do Planejamento e Orçamento e da Fazenda detalham o projeto.

O Orçamento de 2024, o primeiro definido pelo governo Lula, terá caráter atípico, pois combinará dois cenários: o do teto de gastos, regra atualmente em vigor, que limita as despesas à inflação do ano anterior, e o novo arcabouço fiscal, que permitirá um aumento das despesas.

O novo arcabouço deverá ser protocolado oficialmente na Câmara dos Deputados nesta semana.

O que é a LDO

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) apresenta as metas e prioridades da administração pública federal, estabelece as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória sustentável da dívida pública.

É a LDO que orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), o orçamento propriamente dito. O papel da LOA é estimar a receita e fixar a despesa para o ano seguinte, ou seja, demonstra de qual modo o governo vai arrecadar e gastar os recursos públicos, com previsão de envio até 31 de agosto para o Legislativo.

Salário mínimo

O projeto prevê salário mínimo de R$ 1.389 para o próximo ano. O valor considera apenas a correção do que estava estimado para dezembro de 2023 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Isso significa que não está previsto aumento real.

O projeto também conta com a estimativa do salário mínimo para os próximos anos. O valor é de R$ 1.435, para 2025, e R$ 1.481, em 2026.

Rombo

A peça orçamentária também prevê zerar o rombo das contas públicas no próximo ano. O governo pretende igualar as despesas às receitas, deixando de fora o pagamento de juros da dívida. O valor das receitas a serem consideradas deve levar em conta as novas regras fiscais a serem estabelecidas para substituir o teto de gastos.

“Em relação ao resultado primário do governo central, observada a ressalva do parágrafo anterior, projeta-se, para o período de 2024 a 2026, um resultado nulo em 2024, passando-se para um superávit de 0,50% do PIB, em 2025 (R$ 61,6 bilhões), e de 1% do PIB, em 2026 (R$ 130,8 bilhões)”, consta no texto.

O Executivo havia anunciado o objetivo de igualar as receitas e as despesas, com a finalidade de zerar o rombo com a aprovação do arcabouço fiscal.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?