Itaú demite 50 funcionários por pedirem auxílio de forma indevida
A instituição alegou desvio de conduta por parte dos colaboradores. Pelo menos 7,3 milhões de pessoas pediram o auxílio indevidamente
atualizado
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O banco Itaú emitiu um comunicado para anunciar a demissão de cerca de 50 funcionários que pediram o auxílio emergencial indevidamente. O benefício foi criado no ano passado para ajudar famílias de baixa renda na crise econômica promovida pela pandemia da Covid-19. O banco alegou desvio de conduta na demissão dos colaboradores.
“Para o Itaú Unibanco, ética é um valor fundamental, que deve ser cultivado não apenas nas decisões do banco, mas também dos seus colaboradores, que são orientados e treinados de forma recorrente sobre o tema. Desta forma, ao identificar que alguns dos seus profissionais solicitaram o auxílio emergencial disponibilizado pelo governo federal, prática que caracteriza desvio de conduta, o banco decidiu pelo desligamento desses colaboradores”, informou a instituição.
O Tribunal de Contas da União (TCU) afirmou que pelo menos 7,3 milhões de pessoas receberam o benefício de forma indevida no ano passado, o que custou R$ 54 bilhões aos cofres públicos. O governo gastou R$ 300 bilhões com o auxílio emergencial em 2020. Por esse valor ser muito alto, a discussão sobre a retomada do benefício, descontinuado em dezembro, foi prolongada.
Nessa quarta-feira (3/3), no entanto, o plenário do Senado aprovou em primeiro turno a proposta de emenda à Constituição (PEC) 186/19, conhecida como PEC Emergencial. A proposição foi colocada como condição pelo governo para que se volte a pagar o auxílio emergencial para as pessoas mais necessitadas pela crise do novo coronavírus.