Irritado com as críticas, Guedes ironiza: “O imposto está morto”
O ministro da Economia voltou a defender a criação do imposto digital, semelhante à antiga CPMF, mas, depois, satirizou os críticos
atualizado
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Incomodado com as críticas que tem recebido por causa da proposta de recriação de um imposto semelhante à antiga Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), o ministro da Economia, Paulo Guedes, primeiro afirmou, nesta quinta-feira (29/10), que o imposto digital seria criado. Em seguida, em tom de ironia, afirmou que ele “está morto”.
“Quem sabe eu tenha que parar de falar desse imposto, mesmo. Inclusive estamos em véspera de eleição. Quero declarar o seguinte: esse imposto, considere-se morto, extinto. Quando foi falado pela primeira vez, caiu o secretário da Receita. Agora, estamos em plena campanha eleitoral, ninguém quer discutir esse troço”, declarou Guedes, em audiência pública da comissão especial do Congresso sobre a Covid-19.
Antes, o ministro disse que gostaria de desonerar a folha de todos os setores, mas não pode fazer isso sem criar uma fonte de receita para compensar. Por isso, ele voltou a propor a criação do imposto sobre transações digitais.
“As pessoas nem entenderam que há um futuro digital chegando. O Brasil é a terceira ou quarta economia digital do mundo. Nós vamos ter que ter um imposto digital mesmo”, afirmou Guedes, insistindo que não haverá aumento de carga tributária. “Vamos diminuir os outros.”