Ipea: reforma no serviço público pode economizar R$ 1,75 trilhão em 20 anos
Redução trilionária, no entanto, foi considerada pelos pesquisadores do Ipea como um “cenário pouco plausível”
atualizado
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Medidas de redução das despesas com pessoal no funcionalismo público podem gerar uma economia de até R$ 1,75 trilhão, segundo análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Para chegar neste cálculo, o Ipea considerou, dentre outros fatores, que a reposição de servidores da União, dos estados e dos municípios que se aposentam seria de apenas 50%.
O estudo (leia aqui a íntegra) analisa os impactos de medidas já adotadas, como a Lei Complementar 173, que estabeleceu o congelamento dos vencimentos por dois anos, 2020 e 2021.
Também são consideradas ações futuras que possam ser viabilizadas no âmbito de uma reforma administrativa, como a redução do salário inicial de entrantes no serviço público, além do alongamento do tempo de progressão na carreira.
Essa redução trilionária foi considerada pelos pesquisadores do Ipea como um “cenário pouco plausível”, mas que “serve para ilustrar os impactos fiscais sob um caso extremo”.
Esses gastos são o segundo item de maior peso no orçamento da União, respondendo por quase 22% do total das despesas primárias do governo central.
“Isso parece mais provável, em especial, se supusermos um contexto de continuidade dos esforços de digitalização e automação de serviços públicos e de implementação de uma reforma administrativa”, diz o texto.