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IPCA-15: prévia da inflação fica em 0,13% em setembro

O valor da prévia da inflação de setembro ficou abaixo das expectativas do mercado financeiro, que projetava alta entre 0,14% e 0,33%

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1 de 1 Imagem colorida mostra mulher pesando banana no caixa de mercado - Metrópoles - Foto: Vinicius Schmidt/Metropoles

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, ficou em 0,13% em setembro após taxa de 0,19% registrada em agosto — o que representa uma desaceleração de 0,06 ponto percentual. Os dados foram divulgados, nesta quarta-feira (25/9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor ficou abaixo das expectativas do mercado financeiro, que projetava alta entre 0,14% e 0,33%, segundo dados do Valor Data. Em setembro de 2023, o indicador foi de 0,35%.

A alta foi puxada pela energia elétrica residencial, que passou de -0,42% em agosto para 0,84% em setembro devido à vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1 no começo do mês.

Esses dados fizeram com que o grupo habitação tivesse a variação mais elevada (0,50%) e o maior impacto no IPCA-15 de setembro, de 0,08 ponto percentual.

Outro destaque em habitação foram: a alta da taxa de água e esgoto (0,38%) e do gás encanado (0,19%). Os avanços ocorreram após reajustes tarifários regionais.

Em 2024, o IPCA-15 acumula alta de 3,15%. Enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,12%, menor do que os 4,35% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Confira a variação de cada grupo em setembro:

  • Habitação: 0,50%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,32%
  • Artigos de residência: 0,17%
  • Vestuário: 0,12%
  • Comunicação: 0,07%
  • Alimentação e bebidas: 0,05%
  • Educação: 0,05%
  • Despesas pessoais: -0,04%
  • Transportes: -0,08%

Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, apresentou desaceleração e os preços caíram 0,02% — primeiro resultado negativo desde junho de 2023, quando o índice registrou queda de 0,08%.

Alimentação e transportes

O grupo de alimentação e bebidas, de maior peso no índice, registrou aumento de 0,05%, após dois meses de queda nos preços, de acordo com o IBGE.

Ainda no recorte do grupo, a alimentação no domicílio teve variação de -0,01%, após recuar 1,30% no mês anterior. Contribuíram para o valor do mês:

  • a queda nos preços da cebola (-21,88%), da batata-inglesa (-13,45%) e do tomate (-10,70%); e
  • a alta nos preços do mamão (30,02%), a banana-prata (7,29%) e o café moído (3,32%).

O grupo de Transportes (-0,08%) apresentou recuo, com impacto de -0,02 ponto percentual no IPCA-15. A baixa foi influenciada pela queda de 0,66% na gasolina e de 1,22% no etanol. Enquanto o gás veicular (2,94%) e o óleo diesel (0,18%) apresentaram altas.

As passagens aéreas registraram aumento de 4,51% nos preços.

Salvador tem maior alta na prévia da inflação

Segundo o IBGE, sete áreas de abrangência do IPCA-15 tiveram alta em setembro. A maior variação foi em Salvador (0,35%), com as altas da gasolina (2,17%) e do botijão de gás (3,04%).

Por outro lado, o menor resultado foi em Recife (-0,37%), com influência das quedas nos preços da gasolina (-4,51%) e da cebola (-31,80%).

O IPCA-15

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de agosto a 13 de setembro de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de julho a 14 de agosto de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

Projeções do mercado para a inflação

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC), no relatório Focus dessa segunda-feira (23/9), elevaram a estimativa do IPCA para este ano. O mercado alterou a projeção da inflação de 2024 de 4,35% para 4,37%.

Com os dados do Focus, a projeção do mercado financeiro é de que a inflação de 2024 continuará fora do centro da meta.

Os analistas esperam que o índice fique cada vez mais próximo do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% com variação de 1,5 ponto percentual (ou seja: 1,5% e 4,5%).

No acumulado do ano, o IPCA está em 4,24%.

O mercado ainda elevou a inflação para os próximos dois anos. Em 2025, o índice passou de 3,95% para 3,97%; e para 2026 subiu de 3,61% para 3,62%.

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