Investimentos públicos: Dilma tocou o bumbo até afundar, diz Guedes
Ministro também afirmou que a agenda de desestatizações segue caminhando apesar da pandemia da Covid-19 ter atrasado o processo
atualizado
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou que o governo vai aumentar os investimentos públicos e afirmou que isso seria repetir o erro, em seu diagnóstico, cometido pela ex-presidente Dilma Rousseff. Guedes também argumentou nesta segunda-feira (5/4), em live promovida pela XP Investimentos, que a agenda de desestatizações segue caminhando apesar da pandemia da Covid-19 ter atrasado o processo.
Guedes acredita que o setor privado tem mais condições que o estado para investir na economia, desde que um fiscal forte possibilite o controle de juros baixos.
“Quem estiver vendendo que o governo vai crescer com investimentos públicos está tocando um bumbo que a gente já tocou e deu errado. Dilma tocou o bumbo até afundar ela, o mandato, tudo. Temos que tomar cuidado com discurso de ‘vamos crescer’, porque se for pelo lado errado, vai dar muito errado”, afirmou.
Neste contexto, o ministro defende que a retoma econômica provenha do setor privado. “No curto prazo, temos desafio de transformar volta em V pelo consumo em investimento. Se fizermos a retomada pelo setor público, a inflação dispara e o desemprego resiste”, alertou.
Na videoconferência, o ministro afirmou que a inclusão da Eletrobras e dos Correios no Programa Nacional de Desestatização (PND) comprova que a base do governo está alinhada com o programa de privatizações.
“Colocamos essas empresas na esteira”, afirmou . O ministro também disse que o ideal é fazer a capitalização da Eletrobras, e não fatiar a empresa em diversos leilões.