Intenção de consumo das famílias atinge maior nível desde 2020
Intenção de Consumo das Famílias (ICF) chegou aos 89 pontos em novembro, alta de 21,3% em relação ao mesmo período do ano passado
atualizado
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A intenção de consumo das famílias brasileiras atingiu o maior nível desde abril de 2020, ainda no início da pandemia de Covid-19. É o que mostram dados divulgados nesta segunda-feira (21/11) pela pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
De acordo com o levantamento, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) chegou aos 89 pontos em novembro. Em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador teve alta de 21,3% – a maior já registrada pela série histórica, segundo a CNC.
Na comparação com outubro deste ano, o crescimento foi de 1,3%. Apesar do bom resultado neste mês, o indicador segue na chamada “zona de insatisfação”, abaixo dos 100 pontos.
Ainda segundo o relatório da CNC, a alta em novembro se deve à melhoria da conjuntura econômica, com queda da inflação e do desemprego nos últimos meses. A entidade projeta que a perspectiva para os próximos meses é positiva.
A pesquisa mostrou que todos os sete parâmetros que compõem o indicador registraram crescimento na comparação com novembro de 2021. Três deles tiveram aumento acima do ICF geral: emprego atual (25%), perspectiva profissional (25,8%) e renda atual (29,7%).
Consumo nos lares brasileiros
Outro levantamento, este feito pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), apontou que o consumo nos lares brasileiros registrou um avanço de 11,19% em setembro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021.
Em relação a agosto, a alta no consumo nos lares brasileiros foi de 0,39%. No acumulado do ano entre janeiro e setembro, o crescimento chega a 2,84%. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A projeção inicial da Abras para 2022 era um crescimento de 2,5% no consumo dos lares brasileiros. A estimativa foi revisada e agora é de 3% a 3,3% – apenas 0,5 ponto percentual acima do acumulado já alcançado até setembro.