Inflação volta a subir e vai a 0,48% em setembro. Maior alta foi no DF
No acumulado em 12 meses subiu 4,53% e rompeu o centro da meta de 4,50% pela primeira vez desde março de 2017
atualizado
Compartilhar notícia
Após registrar a primeira deflação no mês de agosto desde 1998, a taxa de inflação oficial da economia brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,48% em setembro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (5/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado em 12 meses, o índice registrou 4,53 e ficou acima do centro da meta de 4,50% pela primeira vez desde março de 2017 (4,57%). A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 3,34%.
O resultado é o maior para um mês de setembro desde 2015, quando o IPCA registrou 0,54%. O índice foi puxado pela alta dos preços de transportes (1,69%) e combustíveis (4,18%). O acumulado no ano ficou em 3,34%, acima do 1,78% registrado em igual período do ano passado.
A despeito da estimativa de aceleração do IPCA, o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, ponderou, antes do resultado oficial, que o avanço em 12 meses ainda não é uma ameaça ao centro da meta para o resultado fechado do ano.
“Não é nada preocupante ainda, pois estamos abaixo da meta [centro]. Nossa expectativa para o IPCA é de alta de 4,4% em 2018”, afirma. Ainda assim, o economista observa que o desfecho da corrida presidencial oferece riscos relevantes ao horizonte inflacionário, especialmente para 2019.
Distrito Federal
Quanto aos índices regionais, o maior índice ficou com Brasília (1,06%) em virtude da alta de 22,48% nas passagens aéreas e de 7,99% na gasolina.
O menor índice (0,06%), por sua vez, ficou com Belém, onde sobressaíram as quedas no açaí (-9,89%) e na farinha de mandioca (-3,03%).