Inflação sobe 0,86% e atinge maior alta em outubro desde 2002
No comparativo com setembro, o crescimento foi de 0,22 ponto percentual. Dados foram divulgados nesta sexta-feira (6/11)
atualizado
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, nesta sexta-feira (6/11), que a inflação de outubro subiu 0,86%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Trata-se da maior taxa registrada em um mês de outubro desde 2002.
No comparativo com setembro, o crescimento foi de 0,22 ponto percentual. O indicador acumula, no ano, alta de 2,22% e, em 12 meses, de 3,92%, acima dos 3,14% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2019, a variação havia sido de 0,1%.
Segundo os dados do IBGE, a maior variação (de 1,93%) foi no setor de alimentação e bebidas. O grupo desacelerou em relação a setembro. Quem puxou a fila da desaceleração no setor foi a queda do preço médio do arroz, de 13,36%, e do óleo de soja, de 17,44%. As variações no mês anterior haviam sido de 17,98% e 27,54%, respectivamente.
Por outro lado, a alta no preço do tomate foi maior do que em setembro. Itens com que haviam recuado no mês anterior, como frutas e a batata, registraram nova alta.
Houve ainda alta em outros sete grupos. O segundo maior impacto ocorreu na área de transportes e a segunda maior variação veio dos artigos de residência.
O vestuário, por sua vez, acelerou frente a setembro. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,04% da educação e alta de 0,36% em habitação.
Ainda conforme o IBGE, das 16 regiões pesquisadas que apresentaram alta em outubro, o maior resultado ficou com o município de Rio Branco (1,37%), em função da alta de itens alimentícios, como as carnes (9,24%) e o arroz (15,44%). Já o menor índice foi o da região metropolitana de Salvador (0,45%), influenciado pela queda nos preços da gasolina (-2,32%).