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Inflação: saiba quais serão os vilões para seu bolso em 2022

Gastos em relação à energia elétrica, aluguel, IPVA e IPTU ainda devem causar dor de cabeça para as famílias nos primeiros meses do ano

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1 de 1 Conta de luz - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

No ano passado, o país viu a inflação chegar nos dois dígitos. Automaticamente, o trauma pré-plano Real veio à tona na memória dos brasileiros. O temor se alastrou para o início de 2022, no entanto, as projeções apontaram uma alta mais modesta dos preços, o que trouxe certo alívio.

Apesar disso, gastos em relação à energia elétrica, aluguel, IPVA e IPTU ainda devem causar dor de cabeça para as famílias nos primeiros meses do ano.

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População sentiu a carestia no bolso
Inflação atingiu 10,67%, nos últimos 12 meses, no Brasil
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População sentiu a carestia no bolso

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Inflação atingiu 10,67%, nos últimos 12 meses, no Brasil

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Na avaliação do último relatório Focus, do Banco Central, em que mais de 100 economistas fazem estimativas sobre os principais indicadores econômicos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — regulador oficial da inflação — deve ter alta de 5,03% até o fim deste ano.

O relatório também mostra que uma das principais vilãs do ano passado, a conta de luz, deve chegar pesando no bolso mais uma vez. Mesmo com a crise hídrica em controle, após o alto volume de chuvas em novembro e dezembro, o custo deve seguir elevado.

Isso porque o país ainda paga o prejuízo do acionamento das usinas térmicas diante da pior seca enfrentada nos últimos 91 anos. Esse modo de geração de energia é mais caro e também mais poluente. Em razão disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirmou que o reajuste tarifário médio nas contas de luz em 2022 deve ser de 21,04%.

O governo anunciou que estuda medidas para frear o impacto tarifário em 2022. Por enquanto, os consumidores seguem taxados pela bandeira escassez hídrica, que tem um custo extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh.

Outro calo dos brasileiros no início deste ano será o valor do aluguel. Puxado pela forte alta do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em 2021, os contratos devem ser ajustados durante o ano todo. O indicador acumulou alta de 17,78%.

Além disso, prefeituras de todo o país já anunciaram reajustes no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) também vai subir em 2022, puxado pela valorização de carros novos e usados.

Combustíveis

O rumo do preço dos combustíveis dependerá do humor do dólar e da variação dos barris de petróleo no mundo, de acordo com a política de preços da Petrobras. O último reajuste foi realizado em dezembro, quando a petroleira recuou 3,13% no preço da gasolina, alterando o custo para R$ 3,09.

Nesta área econômica, também é determinante o comportamento do governo. Por exemplo, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) proferiu declarações antidemocráticas nos atos de 7 de Setembro, o câmbio disparou.

Na avaliação de economistas ouvidos pelo Metrópoles, é vasta a literatura econômica sobre a importância da harmonia entre as instituições para a estabilidade fiscal e monetária do país, uma vez que incerteza, para a economia, é risco. Este, por sua vez, representa juros mais altos, o que atravanca o poder de compra do consumidor, seja para abastecer o carro ou para garantir o mercado do mês.

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