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Inflação e PIB sofrem oscilação devido à greve dos caminhoneiros

As estimativas de inflação para 2018 aumentaram e o PIB deve ter crescimento menor do que o esperado

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Economistas do mercado financeiro preveem que a inflação para 2018 deverá aumentar e o Produto Interno Bruto (PIB) do país deverá ter uma alta menor neste ano. As avaliações levaram em conta a paralisação de caminhoneiros, que durou 11 dias em maio. O fato provocou grandes problemas, como falta de abastecimento nos postos de combustível, falta de gás de cozinha, comida nas prateleiras dos supermercados e querosene em aeroportos.

As análises foram publicadas no recente relatório de mercado, chamado Focus, divulgado nesta segunda-feira (11/6) pelo Banco Central. O documento mostra resultados de pesquisas feitas com mais de 100 instituições financeiras, expondo previsão de aumento da inflação em 2018,de 3,65%, na semana retrasada, para 3,82% na última semana. A estimativa do Banco Central para o período era de 4,5%. Ainda há chance de cumprimento da meta, caso o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique entre 3% e 6%.

Para 2019, o mercado financeiro elevou sua expectativa de inflação de 4,01% para 4,07%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerência do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.

Produto Interno Bruto
Os economistas reduziram suas projeções de crescimento da economia em 2018 e 2019. A expectativa para a expansão do PIB neste ano foi de 2,18% para 1,94% no relatório. A estimativa era de crescimento de 2,51%. Para 2019, o mercado reduziu a previsão de alta do PIB de 3% para 2,%, ante 3% de quatro semanas atrás.

A projeção atual do BC, já passível de atualização, é de alta de 2,6% para o PIB em 2018. O Ministério da Fazenda trabalha com um porcentual de 2,5%.

No relatório Focus, a projeção para a produção industrial de 2018 passou de alta de 3,8% para elevação de 3,51%. Há um mês, estava em 3,8%.

A pesquisa mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2018 seguiu em 55%. Há um mês, estava no mesmo patamar. Para 2019, a expectativa foi de 57% para 57,05%, ante 57% de um mês atrás.

Taxa de juros
O mercado financeiro manteve suas projeções para a Selic (a taxa básica de juros) para o fim de 2018 e de 2019.

Nesta segunda, o relatório de mercado Focus trouxe que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 6,5% ao ano. Há um mês, estava em 6,25%. Já a projeção para a Selic em 2019 permaneceu em 8,00% ao ano, igual ao verificado há quatro semanas.

Em entrevista na última quinta-feira (7/6), o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou não cogitar usar a Selic para controlar a taxa de câmbio. Além disso, reforçou a indicação de decisões do Copom a serem tomadas apenas durante a reunião, prevista para ocorrer na próxima semana. O presidente do órgão reconhece um cenário externo mais desafiador e, ao mesmo tempo, esclarece o impacto dos choques do dólar ocorridos através dos “efeitos secundários” sobre a inflação.

No Focus agora divulgado, a Selic média de 2018 permaneceu em 6,53% ao ano, ante 6,34% do mês anterior. A taxa básica média de 2019 foi de 7,13% para 7,18%, ante 7,07% de um mês atrás.

Dólar
Há expectativa de manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2018 e 2019. A mediana das expectativas para o câmbio no fim deste ano seguiu em R$ 3,50, ante os R$ 3,40 verificados há um mês.
Já o câmbio médio no ano passou de R$ 3,49 para R$ 3,53, ante R$ 3,40 de um mês atrás.Para 2019, a projeção para o câmbio no fim do ano permaneceu em R$ 3,50, ante R$ 3,40 de quatro pesquisas atrás. Já a expectativa para o câmbio médio no próximo ano foi de R$ 3,45 para R$ 3,48, ante R$ 3,40 de um mês atrás.

Na última quinta-feira (7/6), o presidente do BC, Ilan Goldfajn, anunciou oferta de US$ 20 bilhões em swaps até o fim desta semana. Além disso, afirmou que há espaço para fazer leilões de swap e há possibilidade da posição do BC neste derivativo superar o visto no passado (US$ 115 bilhões).

Goldfajn também indicou que o Banco Central poderá realizar leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) e até vender moeda à vista, se necessário.

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