Inflação do aluguel sobe 17,78% no ano; segunda maior alta desde 2002
Desde o início da pandemia, o índice tem subido bem acima da inflação oficial do país, sinal de alerta para famílias que moram de aluguel
atualizado
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A inflação do aluguel encerrou o ano de 2021 com alta de 17,78%. O índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 0,87% em dezembro, de acordo com informações divulgadas pela Fundação Getulio Vargas, nessa quarta-feira (29/12).
No mesmo período do ano passado, o índice havia subido 0,96% e acumulou alta de 23,14% em 2020. Apesar da desaceleração, o IGP-M obteve a segunda maior alta anual desde 2002.
Desde o início da pandemia da Covid-19, quando o setor de habitações sofreu um boom, o índice tem subido bem acima da inflação oficial do país, medida pelo IPCA.
Entre os três componentes que pressionaram essa alta, estão as matérias-primas, commodities e produtos industriais. A disparada impacta diretamente famílias que moram de aluguel.
Composição do IGP-M
- Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA): possui peso de 60% na composição da inflação do aluguel. Subiu 0,95% em dezembro puxado pelos bens intermediários (38,37%), produtos industriais (22,22%) e produtos agropecuários (16,65%);
- Índice de Preços ao Consumidor (IPC): possui peso de 30% na composição da inflação do aluguel. Subiu 0,84% em dezembro, com pressão vinda do grupo transportes (18,84%) diante da disparada dos combustíveis.
- Índice Nacional de Custo da Construção (INCC): peso de 10% no IGP-M. Avançou 0,30% em dezembro, puxado pelos custos de materiais, equipamentos e serviços (21,45%).