Inflação do aluguel recua em agosto, mas tem alta de 31,1% em 12 meses
Desde o início do ano passado, o IGP-M tem subido acima da inflação oficial do país. Mas neste mês, o índice registrou recuo de 0,66%
atualizado
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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), normalmente usado para corrigir contratos de aluguel de imóveis, registrou recuo em agosto (0,66%) na comparação com julho (0,78%), segundo informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (30/8). Com o resultado, o índice acumula alta de 16,75% em 2021 e de 31,12% nos últimos 12 meses.
Desde o início do ano passado, o índice tem subido muito acima da inflação oficial do país. Em agosto de 2020, ele acumulava alta de 13,02% nos últimos 12 meses.
O IGP-M é conhecido como o indicador que aponta a “inflação do aluguel”, por servir para regular o reajuste de contratos de locação residencial. Ele se baseia no custo de produtos primários, matérias-primas e dos insumos da construção civil.
“Se não fosse a crise hídrica, o IGP-M apresentaria desaceleração mais forte. No IPA, culturas afetadas pela estiagem, como milho (-4,58% para 10,97%) e café (0,04% para 20,98%) registraram forte avanço em seus preços”, afirmou o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz.
“No âmbito do consumidor, o preço da energia, para a qual é esperado novo reajuste em setembro, registrou alta de 3,26%, sendo a principal influência para a inflação ao consumidor”, completou.