Inflação dispara em junho. No DF, variação é oito vezes maior
Alimentação e bebidas, habitação e transportes foram os responsáveis pelo aumento no país. No DF, a conta de luz pesou no bolso
atualizado
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) de junho foi de 1,26%, a maior taxa para o mês desde 1995. O resultado foi divulgado na manhã desta sexta-feira (6/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice marca a inflação oficial do país.
O aumento foi de 0,86 ponto percentual em relação ao registrado em maio, que foi de 0,40%. De acordo com o IBGE, esta é a primeira vez que o índice fica acima de 1%.
O acumulado da inflação no ano foi de 2,6%, número maior do que o registrado em igual período de 2017, quando o índice estava em 1,18% em junho. O acumulado para os últimos 12 meses também subiu e chegou a 4,39%.Os setores de alimentação e bebidas, habitação e transportes foram os responsáveis por elevar a inflação no país. Estes três grupos concentram aproximadamente 60% das despesas das famílias e tiveram um impacto de cerca de 93% no resultado da inflação. O setor de vestuário foi o único que teve deflação no período.
A forte aceleração na inflação destes setores ainda é reflexo da paralisação dos caminhoneiros em maio, de acordo com o IBGE.
Distrito Federal
Seguindo a tendência nacional, o IPCA do Distrito Federal foi 1,20% ante o avanço de 0,15% aferido em maio, um aumento de oito vezes na variação do índice. O reajuste extra da conta de luz na cidade, que entrou em vigor no fim de junho, foi o principal fator de influência no resultado. O setor teve uma variação de 8,6% em junho.
O aumento do preço da gasolina e do etanol também contribuiu para a aceleração da inflação no DF. A primeira teve uma variação de 4,2% nos preços no último mês e o segundo, de 1,84%.