Indústria reaquece no primeiro semestre do ano, aponta CNI
O faturamento do setor, entretanto, caiu 0,9% em junho, após alta de 0,7% em maio. No acumulado do ano, o faturamento tem queda de 3,5%
atualizado
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O primeiro semestre de 2021 encerra com a indústria aquecida. É o que apontam os dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgados nesta segunda-feira (2/8).
De acordo com o relatório, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) cresceu novamente em junho e se encontra no maior patamar desde 2013. Com isso, o indicador avança dois meses consecutivos e apresenta quatro meses de UCI acima de 80%.
O faturamento da indústria, entretanto, caiu 0,9% em junho, após alta de 0,7% em maio, na série livre de efeitos sazonais. De acordo com a CNI, desde o início do ano, o faturamento vem apresentando oscilação, com quedas seguidas de crescimentos em menor magnitude.
No acumulado do ano, o faturamento apresenta queda de 3,5%. “Apesar das retrações, o faturamento da indústria se encontra em patamar superior ao registrado antes da crise de Covid-19“, afirma o órgão.
O rendimento médio real também apresentou retração, de 0,9%, após queda de 1,4% em maio. As quedas praticamente revertem o crescimento observado em março e abril. Assim, o avanço acumulado no primeiro semestre de 2021 é de apenas 0,4%.
Emprego industrial tem melhor desempenho desde 2010
Com a alta de 0,5% em junho, o emprego industrial completa onze meses seguidos de crescimento. O aumento acumulado do indicador no primeiro semestre de 2021 é de 3,3%, o melhor desde 2010, quando o emprego industrial cresceu 4,2% nesse período do ano. Com o crescimento, o emprego industrial se encontra no maior patamar desde agosto de 2016.
De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, as altas mensais do emprego vem sendo significativas e o nível da UCI se mantém alto há vários meses.
“Os indicadores mostram que a indústria encerrou o primeiro semestre com uma atividade forte. A utilização da capacidade instalada cresceu da passagem de maio para junho, o que vem sendo traduzido em empregos”, afirmou.
“Já temos 11 meses consecutivos de crescimento nas contratações. Mesmo o faturamento e horas trabalhadas, que têm oscilado bastante, permanecem acima do registrado antes da pandemia”, completa Marcelo Azevedo.