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Indústria da construção fecha 2015 em queda

e acordo com a Confederação Nacional da Indústria, o nível de atividade no setor ficou em 33,3 pontos no mês passado, resultado pior que os 36,3 de novembro e que os 39,4 pontos de dezembro de 2014

atualizado

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Alvará de construção
1 de 1 Alvará de construção - Foto: EBC

A indústria da construção terminou o ano de 2015 em queda. Em dezembro, o quadro que já era negativo para a atividade se deteriorou ainda mais, informou nesta segunda-feira (25/1), a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Tanto para nível de atividade quanto para número de empregados, o indicador chegou ao menor nível histórico.

Pela metodologia da CNI, na Sondagem Indústria da Construção, os índices analisados variam de 0 a 100, com resultados menores que 50 representando queda na comparação com o mês anterior. De acordo com a entidade, o nível de atividade no setor ficou em 33,3 pontos no mês passado, resultado pior que os 36,3 de novembro e que os 39,4 pontos de dezembro de 2014.

O nível de emprego, por sua vez, ficou em 33 pontos em dezembro, 2,7 pontos abaixo do mês anterior. O número ainda é bem mais baixo que o registrado em dezembro de 2014, quando estava em 39,5 pontos.

Já o uso da capacidade de operação, medido de 0% a 100%, registrou, no mês passado, um nível de 55%, o que representa piora em comparação com o mês anterior, quando estava em 57%. Em dezembro de 2014, o índice estava em 63%.

A Confederação explica que a elevada carga tributária, a alta taxa de juros e a demanda interna insuficiente têm prejudicado o segmento da construção. “O cenário adverso, aliado ao aumento do custo dos insumos, tem causado insatisfação dos empresários com as condições financeiras e com a margem de lucro operacional. Além disso, as empresas têm tido dificuldade de acesso ao crédito”, informou a entidade na nota que apresenta a Sondagem.

Expectativas
De acordo com o estudo, que ainda traz as expectativas do setor para os próximos seis meses, a indústria da construção apresenta dados ainda mais pessimistas. Com metodologia em que índices abaixo de 50 representam expectativa de queda, todos os dados de janeiro apresentaram resultados inferiores a 40 pontos. “Para os próximos seis meses, as expectativas seguem pessimistas, em especial para empresas de grande porte, cujos indicadores de expectativa encontram-se muito abaixo dos demais portes”, informou a entidade.

Segundo a CNI, o índice de intenção de investimento na construção está em 25 pontos. Os dados mostram ainda que a expectativa para o nível de atividade nos próximos seis meses ficou em 37,7 pontos neste mês. Com relação a novos empreendimentos e serviços, o índice chegou a 37,1, apresentando ligeira melhora frente a dezembro do ano passado, quando estava em 36,7. Para o número de empregados, o dado ficou em 37 pontos e, para a compra de insumos e matérias primas, em 36,3, que também bateu recorde negativo.

O levantamento foi feito com 547 empresas, sendo 174 pequenas, 248 médias, 125 grandes.

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