Indústria apresentará propostas contra aquecimento global na COP-26
Confederação Nacional da Indústria fez proposições para o governo Bolsonaro levar à Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas
atualizado
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, nesta quinta-feira (14/10), um documento que traz proposições para o governo Bolsonaro levar à Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP-26), que ocorre de 31 de outubro a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia.
O relatório traz recomendações para as negociações em três frentes: finalização do Livro de Regras, com foco no Artigo 6, que estabelecerá o mercado global de carbono; mobilização de financiamento climático e transferência de tecnologia; e adaptação à mudança climática.
De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, esta é uma década decisiva para o aumento do aquecimento global e é urgente que o mundo traga soluções mais firmes e ambiciosas para o problema.
Ele destaca que a indústria brasileira está comprometida com essa agenda e irá à COP-26 mostrar as boas experiências.
“Embora já seja responsável por uma baixa intensidade de emissão de carbono, a indústria brasileira entende a relevância do seu papel nessa agenda internacional. Por isso, está agindo para reduzir emissões de gases de efeito estufa e zerar o balanço de carbono”, afirma.
No texto, a CNI também pede mais esforços da presidência da COP-26 para garantir o compromisso de arrecadar US$ 100 bilhões em recursos para o clima por ano, para apoiar países em desenvolvimento nesse processo, e a definição de um sistema de governança do fundo para o financiamento climático.
Veja outras propostas para as negociações da COP-26:
a) Mobilização de financiamento climático e transferência de tecnologia
“Criação de mecanismos de incentivo e de financiamento que permitam o ganho de escala para novas tecnologias e escalonamento de financiamentos privados em direção à neutralidade de carbono, em especial para soluções baseadas na natureza”.
b) Adaptação à mudança do clima
Reforço da importância dos planos nacionais de adaptação como ferramentas para orientar iniciativas para a gestão e diminuição do risco climático no longo prazo;
Aumento do compartilhamento de informações, boas práticas, experiências e lições aprendidas entre as partes, inclusive com o fortalecimento de arranjos institucionais, para encorajar boas práticas e construir conhecimentos e prestar apoio técnico;
Incentivo ao fortalecimento do conhecimento sobre o clima, com pesquisas, observação do sistema climático e sistemas de alerta antecipado, para informar aos serviços e apoiar o processo decisório.