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Indicador de emprego da FGV sobe 0,8 ponto em junho ante maio

A ligeira alta foi a primeira após quatro meses de queda. Em médias móveis trimestrais, o indicador se mantém em queda de 2,3 pontos

atualizado

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1 de 1 carteira de trabalho - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 0,8 ponto na passagem de maio para junho, para 86,6 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). A ligeira alta foi a primeira após quatro meses de queda. Em médias móveis trimestrais, o indicador se mantém em queda de 2,3 pontos, para 88,3 pontos. Na média do segundo trimestre, houve recuo de 9,6 pontos em relação ao trimestre anterior, informou a FGV.
Em nota, a entidade classificou a alta de junho como “um primeiro sinal positivo”. “Apesar disso, considerando o patamar baixo do indicador, o cenário do mercado de trabalho para os próximos meses ainda é de cautela. Para uma recuperação mais consistente e robusta é necessária uma melhora mais expressiva da atividade econômica e de redução dos níveis de incerteza”, diz o texto, divulgado pela FGV.
A evolução dos componentes que compõe o IAEmp não foi homogênea em junho. Segundo a FGV, dois indicadores contribuíram negativamente, com destaque para o componente que mede a tendência dos negócios para os próximos seis meses na Indústria, com queda de 7,4 pontos. Cinco indicadores contribuíram positivamente, entre eles o componente que mede as expectativas dos consumidores em relação ao emprego nos seis meses seguintes e o que avalia a percepção sobre a situação atual dos negócios das empresas do setor de Serviços, que subiram 7,4 pontos e 6,4 pontos, respectivamente.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 1,1 ponto em junho ante maio, para 94,6 pontos. Em médias móveis trimestrais o indicador subiu 0,1 ponto, para 95,0 pontos. “Apesar da queda em junho, o ICD se mantém em patamar elevado, reforçando a percepção de lentidão na recuperação do mercado de trabalho. Ainda é preciso novos resultados positivos para sugerir uma redução mais efetiva da taxa de desemprego”, diz a nota da FGV.

De acordo com a entidade, a classe de renda que mais contribuiu para o recuo do ICD em junho foi a dos consumidores com renda familiar mensal entre R$ 2.100.00 e R$ 4.800.00, cujo Indicador de Emprego (invertido) caiu 1,7 ponto.

O objetivo do ICD e do IAEmp é antecipar os rumos do mercado de trabalho no país. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.

Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, ou seja, quanto menor o patamar, menos satisfatório o resultado. O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV.

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