Incerteza na economia cresce com trâmite da PEC da Transição no Senado
Indicadores que medem a insegurança sobem tanto para a atividade em geral como para os segmentos da indústria e do varejo
atualizado
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Os níveis de tensão entre agentes econômicos aumentam à medida que a PEC da Transição avança no Congresso. Na segunda-feira da semana passada (28/11), os indicadores da consultoria Economatica registravam um patamar de incerteza geral da economia brasileira de 107,50 pontos. Ontem, uma semana depois, fecharam em 119,27 pontos.
Os graus de imprevisibilidade na indústria e no varejo também aumentaram. No mesmo período, passaram, respectivamente, de 104,30 para 121,04, e de 105,69 para 123,23.
Na avaliação de Felipe Pontes, diretor operacional da Economatica, outro efeito imediato das discussões em torno da proposta de emenda à constituição tem sido a elevação dos juros futuros. “A curva estava caindo, mas virou para cima”, diz. “Para janeiro de 2025 subiu 8 pontos e, para o início de 2027, avançou 5 pontos.”
A Bolsa de Valores, no entanto, abriu em alta hoje, terça-feira (6/12), ante a expectativa de que a PEC da Transição seja votada nas próximas horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), do Senado Federal.
Hoje, ocorre ainda o primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central (BC), que definirá o valor da taxa básica de juros, a Selic, no país. A expectativa do mercado é de que ela se mantenha estável, em 13,75%. A Selic influencia todas as taxas de juros do Brasil, como as cobradas em empréstimos, financiamentos e no retorno de aplicações financeiras.