Presidente do BC projeta inflação dentro da meta nos próximos anos
Nesta sexta-feira, o IBGE divulgou que a inflação em 2018 foi de 3,75%, abaixo da meta de 4,50%
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira (11/1), que, mais importante do que a inflação corrente estar em torno da meta, é o fato de que as expectativas para os próximos anos também estão no mesmo patamar. Mais cedo nesta sexta-feira, o IBGE informou que o IPCA de 2018 fechou em 3,75%, abaixo do centro da meta, de 4,5%.
“A inflação no ano passado foi de 3,75%, número que acaba de ser divulgado pelo IBGE. A inflação corrente e, mais importante, as expectativas de inflação para os próximos anos encontram-se em torno da meta”, afirmou Goldfajn, em discurso na abertura da cerimônia de lançamento da “Coleção Digital História Contada do Banco Central do Brasil”, na sede da autoridade monetária no Rio
Segundo o presidente do BC, a convergência das expectativas se dá porque os agentes econômicos confiam que a política monetária será ajustada caso o cenário para inflação mude de forma relevante.
“Num regime de metas para a inflação a confiança de que a política monetária será ajustada quando houver desvios relevantes leva à ancoragem das expectativas de inflação em torno da meta, como é o caso hoje. Isso é sinal de credibilidade da política monetária e fruto do resultado do trabalho de todos vocês ao longo de décadas”, disse Goldfajn, dirigindo-se aos 13 ex-presidentes do BC presentes no evento no Rio.
Goldfajn começou o discurso destacando que, hoje, o BC do Brasil é respeitado no País e no exterior. Segundo ele, o controle da inflação foi um trabalho “de décadas”.
“O trabalho de controle da inflação também foi um esforço de décadas, que por fim foi bem sucedido, passando pela luta contra a hiperinflação, pelo importante Plano Real, e desembocando no Regime de Metas, que já tem servido ao Brasil por quase 20 anos”, disse o presidente do BC.
Embora tenha comemorado o sucesso recente no controle da inflação, Goldfajn ressaltou que esse trabalho é contínuo e citou a importância das reformas econômicas para a redução estrutural da inflação.
“Sabemos que a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários à economia brasileira é essencial para a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazos, para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia É a manutenção de um ambiente macroeconômico estável e previsível, no médio e longo prazos, que poderá trazer grandes benefícios para a população”, afirmou Goldfajn.