IGP-10 cai 0,14% em dezembro, mas fecha o ano em alta de 17,3%
Mercado esperava queda maior do índice no mês, de 0,25%. O IBP-10 é a primeira versão do IGP-M a fechar o ano-calendário
atualizado
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O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,14% em dezembro. O mercado esperava uma queda de 0,25%. No mês anterior, o índice subira 1,19%. De janeiro a dezembro de 2021, o índice acumulou alta de 17,30%. Em dezembro de 2020, o índice subira 1,97% no mês e acumulava elevação de 24,16% em 12 meses.
“O IGP-10 é a primeira versão do índice geral a fechar o ano calendário, para o qual acumulou alta de 17,30%. Entre os itens que mais desafiaram a inflação ao produtor estão produtos cujas safras foram afetadas pela seca (cana-de-açúcar, 57,55%), pelas geadas (café em grão, 148,05%) e pelos avanços do preço do petróleo (diesel, 82,82%). A alta do IGP e do índice ao produtor não foi mais intensa graças às quedas registradas nos preços do minério de ferro (-24,27%), do farelo de soja (-15,49%) e do arroz em casca (-36,85%)”, afirma o coordenador dos Índices de Preços da Fundação Getúlio Vargas, André Braz.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,51% em dezembro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 1,31%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 1,29% em novembro para 0,42% em dezembro. A principal contribuição para esse resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 8,48% para 2,69%.
IPC em alta
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou e subiu 1,08% em dezembro. Em novembro, o índice havia apresentado taxa de 0,79%. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (0,05% para 2,61%), Habitação (0,36% para 0,77%) e Transportes (2,17% para 2,49%).
A alta foi embalada pelos seguintes itens: passagem aérea (-0,42% para 17,18%), tarifa de eletricidade residencial (0,06% para 1,86%) e gasolina (5,09% para 5,50%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,81% para 0,59%), Vestuário (0,87% para 0,19%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,29% para 0,12%), Comunicação (0,33% para 0,08%) e Despesas Diversas (0,27% para 0,16%) apresentaram queda nas taxas de variação. Nessas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (11,38% para 1,20%), calçados (1,34% para -0,06%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,76% para -0,06%), tarifa de telefone residencial (3,65% para 0,00%) e alimentos para animais domésticos (2,10% para 0,78%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,54% em dezembro. No mês anterior a taxa foi de 0,95%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de novembro para dezembro: Materiais e Equipamentos (2,00% para 0,81%), Serviços (0,49% para 0,61%) e Mão de Obra (0,10% para 0,28%).
O IGP-10 é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP). Medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. O IGP-10 mede a evolução de preços no período compreendido entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual. Ele é formado por 60% do IPA-10 (Índice de Preços por Atacado-10), 30% do IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor-10) e 10% do INCC-10 (Índice Nacional de Custos da Construção-10).