Ibrahim Eris, ex-presidente do BC, morre aos 80 anos
Ibrahim Eris presidiu o Banco Central (BC) entre março de 1990 e maio de 1991, no governo de Fernando Collor de Mello
atualizado
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O ex-presidente do Banco Central (BC) Ibrahim Eris morreu, aos 80 anos, nesta sexta-feira (8/11). Ele presidiu o banco entre março de 1990 e maio de 1991, durante o governo de Fernando Collor de Mello. A causa da morte não foi divulgada.
Nascido na Turquia, ele era naturalizado brasileiro e emigrou para o Brasil em 1973. Formado em economia e estatística na Middle East Technical University, na Turquia, tornou-se doutor pela Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos. Antes de entrar no governo, Eris também foi professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP).
Eris integrou a equipe econômica da ministra Zélia Cardoso de Mello, responsável por implantar o chamado “Plano Collor” — conjunto de reformas econômicas para estabilizar a inflação do país.
Ao deixar o governo, ele passou a atuar como consultor de investimentos.
O ex-presidente do Banco Central era casado com Márcia Fonseca, filha de Maximiano Fonseca, ministro da Marinha no governo João Figueiredo, durante a ditadura militar. Márcia é ex-mulher do empresário Paulo Octávio.
Em nota, o Banco Central lamentou a morte do economista. “Eris não mediu esforços no trabalho de assegurar para a sociedade brasileira uma economia estável e com inflação controlada”, escreveu o banco.
“Por onde passou, Eris deixou sua marca de alto profissionalismo e empenho no que fazia. A Diretoria do Banco Central presta suas condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho de Eris neste momento de dor”, destacou o comunicado.