Ibovespa sobe com China, mas Petrobras tem nova queda
Apesar da anota divulgada pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, bolsa trabalhou o dia todo em alta
atualizado
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A Bovespa ignorou nesta terça-feira (19/1) a nota divulgada pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, comentando as novas projeções para o crescimento do Brasil e do mundo e trabalhou o dia todo em alta. O PIB chinês e as medidas que se seguiram ao anúncio sustentaram os ganhos. Na reta final da sessão, no entanto, a virada para o vermelho das bolsas norte-americanas fez com que o mercado brasileiro desacelerasse. Petrobras, mais uma vez, caiu.
O Ibovespa terminou o dia em alta de 0,32%, aos 38.057,01 pontos. Na mínima, marcou 37.941 pontos (+0,01%) e, na máxima, 38.857 pontos (+2,42%). No mês, acumula perda de 12,21%. O giro financeiro totalizou R$ 4,112 bilhões. Os dados são preliminares.
No começo do dia, os ganhos foram puxados basicamente pela China. Depois de anunciar um PIB em linha com as projeções, de +6,9%, o banco central do país anunciou medidas de estímulo que empurraram as commodities para cima. E o mercado espera que novas medidas virão.
Vale, assim, foi um dos destaques positivos da sessão e Petrobras vinha bem até o petróleo em Nova York virar para baixo no começo da tarde. O contrato para março negociado nos EUA terminou em baixa de 2,70%, a US$ 29,57 o barril. Uma das razões para o preço cair foi a notícia de que o Irã vai cortar seus preços do petróleo bruto destinado à Europa em fevereiro.
Vale ON subiu 3,26%, Vale PNA, 1,29%, mas Petrobras ON cedeu 2,38% e a PN, 2,92%.
A bolsa deu de ombros à nota de Tombini, embora ela tenha sido indigesta principalmente ao mercado de juros e ao câmbio. Ele se aproveitou das previsões negativas do FMI para o Brasil e afirmou que o BC considera “todas as informações econômicas relevantes e disponíveis até a reunião do Copom” para tomar decisão. O mercado entendeu que no encontro do Copom que acaba amanhã a Selic deve subir no máximo 0,25 ponto porcentual, o que levou a um forte ajuste de posições na curva a termo de juros que até então mostrava majoritariamente alta de 0,50 ponto.
Nos EUA, as bolsas viraram para o vermelho na reta final da Bovespa e diminuíram a alta doméstica. Pressionado pelo recuo das ações de energia, o Dow Jones perdia, às 18h11, 0,17%, o S&P caía 0,37%, e o Nasdaq perdia 0,73%.