Ibovespa intensifica queda com recuo em NY e foco na Previdência
Não bastasse o compasso de espera por avanços na reforma da Previdência, saíram novas informações que a respeito do acordo Mercosul/UE
atualizado
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Após uma abertura em alta discreta, o Ibovespa mudou o sinal e passou a renovar mínimas, coincidindo com o início do pregão em baixa das bolsas de Nova York. Por aqui, se não bastasse o compasso de espera dos investidores por avanços na reforma da Previdência, saíram novas informações que tendem a gerar cautela, a respeito do acordo Mercosul/União Europeia (UE). A porta-voz do governo da França, Sibeth Ndiaye, afirmou nesta terça-feira (02/07/2019), que, “por ora”, o país não está “pronto” para ratificar o acordo comercial concluído na sexta-feira entre a UE e o bloco do qual o Brasil faz parte.
Em resposta à porta-voz francesa, o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que a declaração visa público interno (acordo UE/Mercosul) e que cabe à Comissão Europeia esclarecer à França sobre o que está no acordo. “Estamos prontos para conversar com a França ou com qualquer outro país”, afirmou. Ele também acrescentou que o Brasil está tentando ações pontuais para abrir mercados interessantes na China e que não há intenção conjunta do Mercosul sobre o país asiático. Ainda declarou que há total compromisso com redução do desmatamento à luz dos compromissos internacionais.
Quanto à reforma previdenciária, parte da bancada de policiais do PSL na Câmara dos Deputados ameaça não votar a proposta, caso as demandas da classe não sejam atendidas. O alerta vale tanto para a Comissão Especial quanto para o plenário da Casa, afirma o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP).
O presidente da comissão especial que analisa a reforma na Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), por sua vez, disse que a sessão para leitura do voto complementar será às 16 horas. Já o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, salientou, em evento na Suíça, que a concretização da reforma da Previdência ainda traz muitas incertezas para o mercado financeiro doméstico.
Em meio ao quadro de incertezas externas, o dólar, voltou a subir e, às 10h37, tinha alta de 0,24%, na máxima, a R$ 3,8523. Na renda fixa, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava em 5,820%, ante 5,810% na segunda-feira, 01º; e a do DI para janeiro de 2023 era negociada em 6,620%, ante 6,59%. Já a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 7,060%, de 7,121%.