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IBGE: taxa de desemprego fica estável no terceiro trimestre

De acordo com o IBGE, 21 unidades federativas registraram estabilidade frente aos três meses anteriores

atualizado

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Pessoa segurando carteira de trabalho. Dados do IBGE - Metrópoles
1 de 1 Pessoa segurando carteira de trabalho. Dados do IBGE - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A taxa de desocupação no terceiro trimestre ficou estável. O índice nacional recuou de 9,3% para 8,7% no período, porém 21 unidades federativas permaneceram estáveis aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira (17/11).

Na comparação interanual com o mesmo trimestre do ano anterior, houve queda significativa da taxa de desocupação. “No segundo trimestre, a taxa de ocupação havia caído 1,8 ponto percentual, com disseminação da queda por 22 unidades da federação. Já no terceiro trimestre, a queda foi menos intensa, de 0,6 ponto percentual e isso repercutiu nos resultados locais, por estado”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Recortes

Maiores e menores taxas

As reduções na taxa na comparação com o trimestre anterior foram registradas no Paraná (-0,8 ponto percentual), Minas Gerais (-0,9 ponto percentual), Maranhão (-1,1 ponto percentual), Acre (-1,8 ponto percentual), Ceará (-1,8 ponto percentual) e Rondônia (-1,9 ponto percentual).

Nessa mesma comparação, o Nordeste se manteve com a maior taxa (12,0%). Entre os dez estados com maior taxa de desocupação, seis são dessa região.

Já as menores taxas de desocupação do período ficaram com Rondônia (3,9%), Mato Grosso (3,8%) e Santa Catarina (3,8%). O Sul foi a região com a menor taxa (5,2%) e os seus três estados registraram percentuais abaixo da média nacional.

Informalidade e carteira assinada

A taxa de informalidade registrada no país foi de 39,4% no terceiro trimestre, aponta o IBGE. Os maiores percentuais estavam no Pará (60,5%), Maranhão (59,1%) e Amazonas (57,1%), estados onde a maioria dos ocupados estava em trabalhos informais. Santa Catarina (25,9%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (30,6%) tinham as menores proporções.

No terceiro trimestre, apenas 25,3% dos trabalhadores domésticos do país tinham carteira assinada. Entre os empregados do setor privado, essa proporção era de 73,3%, com menores percentuais no Norte (57,7%) e no Nordeste (57,3%). Santa Catarina (88,4%), Rio Grande do Sul (81,3%) e São Paulo (81,2%) foram os estados com as maiores proporções. Já as menores foram Maranhão (47,0%), Piauí (48,5%) e Pará (50,3%).

Desempregados há dois anos ou mais

De acordo com a pesquisa, em todo o país, 44,5% dos desocupados estavam de um mês a menos de um ano em busca de trabalho. Para 11,7%, a busca estava durando de um ano a menos de dois anos e para 27,2%, ou 2,6 milhões de desocupados, dois anos ou mais. Cerca de 16,6% estavam à procura de uma vaga há menos de um mês.

Mais atingidos

A pesquisa mostra que a taxa de desocupação de homens (6,9%) continua abaixo do índice nacional (8,7%), enquanto a das mulheres segue bem acima (11,0%) no terceiro trimestre. “A taxa de desocupação caiu tanto entre os homens quanto entre as mulheres, mas a distância entre eles vem aumentando, com as mulheres tendo um percentual bem superior ao dos homens”, destaca Beringuy.

As taxas de desocupação de pretos (11,1%) e pardos (10,0%) também ficaram acima da média do país. Já a dos brancos segue abaixo: 6,8%.

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