IBGE: empregos na construção crescem em 2020, mas salários são menores
O levantamento aponta que a remuneração média mensal do setor da construção civil caiu ao menor nível da série iniciada em 2007
atualizado
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Em 2020, primeiro ano da pandemia do novo coronavírus, o número de empregados no setor da construção cresceu 3,8% em relação a 2019, com 2 milhões de pessoas ocupando postos de trabalho. No entanto, apesar da alta nas ocupações, os salários pagos foram mais baixos. Isso é o que aponta a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada nesta quarta-feira (15/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento, entre 2019 e 2020, o salário médio mensal da indústria da construção passou de 2,3 para 2,2 salários mínimos, chegando ao menor número registrado na série histórica, iniciada em 2007. As empresas do setor pagaram R$ 58,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações em 2020, a maior parte (37,1%) em obras de infraestrutura.
O número de empresas ligadas ao setor da construção cresceu 5,4% de 2019 para 2020, e a indústria de construção gerou 325,1 bilhões no ano no país. Do total, 93,6% representa obras e serviços do gênero, e 6,4% foram relativos às incorporações.
Salários
As obras de infraestrutura, dentro do setor da construção civil, foram as que mais pagaram salários dentre os segmentos, com 37,1% do total. A construção de edifícios veio logo a seguir, com 32,3% das remunerações do setor. Já o salário dos serviços especializados para construção ficou com 30,6%.
“Apesar dos efeitos gerais negativos da pandemia, o setor de construção teve um desempenho diverso. Decretos federais, estaduais e municipais incluíram a construção no rol de atividades essenciais, possibilitando a continuidade das obras durante a pandemia. Políticas públicas de estímulo à economia e de subsídios para a manutenção de empregos podem ter minimizado os efeitos da crise”, diz o analista da pesquisa, Marcelo Miranda.
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