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IBGE: desemprego cai para 8,3% em outubro, menor nível desde 2015

Contingente de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em outubro chegou a quase 100 milhões no país e, assim, também bateu recorde

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Pessoa segurando carteira de trabalho igualdade salarial - Metrópoles
1 de 1 Pessoa segurando carteira de trabalho igualdade salarial - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A taxa de desemprego no Brasil no trimestre que terminou em outubro de 2022 ficou em 8,3%, o que representa queda de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. É o menor nível para o período desde 2015. Os dados constam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (30/11).

De acordo com o IBGE, o país chegou ao fim de outubro com cerca de 9 milhões de desempregados, o que corresponde ao menor contingente já registrado desde julho de 2015.

Segundo o levantamento, na comparação com o mesmo trimestre de 2021, a queda do desemprego foi de 3,8 pontos percentuais. Considerando apenas os trimestres terminados em outubro, a taxa registrada neste mesmo mês de 2022 é a menor desde 2014.

A pesquisa traz ainda outra boa notícia. O total de pessoas ocupadas no país atingiu a marca de quase 100 milhões no país (99,7 milhões), batendo novamente o recorde na série histórica, iniciada em 2012.

“Este momento de crescimento de ocupação já vem em curso no segundo semestre de 2021. Com a aproximação dos últimos meses do ano, período em que historicamente há aumento de geração de emprego, a tendência se mantém”, avaliou Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa.

Como noticiou o Metrópoles, a maior parte daqueles que estão desempregados está em busca de recolocação há mais de dois anos.

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Seguindo a mesma lógica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) declara ainda que “não ter um emprego não é o equivalente a não ter um trabalho ou uma ocupação. Por essa razão, não se consideram para o cálculo estudantes, donas de casa e empreendedores”
Existem inúmeros motivos que podem ocasionar o desemprego. No Brasil, por exemplo, a causa pode estar vinculada a crise econômica, baixa qualificação dos candidatos, transformações na base produtiva do país, baixa escolaridade, migração do campo para a cidade, crises políticas, falta de investimento social, entre outros
A classificação do desemprego segue quatro tipos identificados a partir de suas causas. São eles: desemprego natural, estrutural, conjuntural e sazonal
O termo desemprego natural refere-se a condição momentânea e ocasionada por demissão, troca de emprego ou pela recente inserção no mercado de trabalho, no caso de pessoas que estão em busca do primeiro emprego
Desemprego estrutural tem como causa avanços tecnológicos e a inclusão de novos formatos de produção derivados desse processo. Já o desemprego conjuntural é aquele causado por crises politicas e/ou econômicas que se desencadeiam em escala regional, nacional ou global
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Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o termo desemprego é definido como “a condição de pessoas que se encontram, atualmente, sem emprego formal, mas que estão em busca ou dispostas a aceitar um trabalho caso surja a oportunidade”

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Seguindo a mesma lógica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) declara ainda que “não ter um emprego não é o equivalente a não ter um trabalho ou uma ocupação. Por essa razão, não se consideram para o cálculo estudantes, donas de casa e empreendedores”

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Existem inúmeros motivos que podem ocasionar o desemprego. No Brasil, por exemplo, a causa pode estar vinculada a crise econômica, baixa qualificação dos candidatos, transformações na base produtiva do país, baixa escolaridade, migração do campo para a cidade, crises políticas, falta de investimento social, entre outros

Steve Prezant/ Getty Images
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A classificação do desemprego segue quatro tipos identificados a partir de suas causas. São eles: desemprego natural, estrutural, conjuntural e sazonal

Blasius Erlinger/ Getty Images
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O termo desemprego natural refere-se a condição momentânea e ocasionada por demissão, troca de emprego ou pela recente inserção no mercado de trabalho, no caso de pessoas que estão em busca do primeiro emprego

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Desemprego estrutural tem como causa avanços tecnológicos e a inclusão de novos formatos de produção derivados desse processo. Já o desemprego conjuntural é aquele causado por crises politicas e/ou econômicas que se desencadeiam em escala regional, nacional ou global

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Desemprego sazonal refere-se à condição que se repete periodicamente, ou seja, temporária, e que está relacionada ao setor de serviços, como turismo, por exemplo

Reprodução/Agência Brasil
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No país, a metodologia utilizada pelo IBGE para realizar o levantamento da taxa de desemprego é denominada Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD

Hugo Barreto/Metrópoles
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Segundo a OIT, o cálculo deve excluir as pessoas que se encontram em trabalhos informais ou ainda aqueles que desistiram de procurar um, mesmo estando em condições para tal. Por essas razões, ainda segundo a organização, as estatísticas do desemprego podem ser subestimadas

Peter Dazeley/ Getty Images
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Entre as principais consequências do desemprego estão: aumento da pobreza, aumento da violência, crescimento do índice de criminalidade e a obvia redução (ou ausência) da renda familiar, que ocasiona a fome, por exemplo. Além do aumento do trabalho infantil, do subemprego, aumento de problemas psicológicos e físicos

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Segundo a OIT, todas essas consequências impactam negativamente na economia e no desenvolvimento social de uma nação

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O nível da ocupação – percentual de brasileiros ocupados em idade de trabalhar – chegou a 57,4%, 2,8 pontos percentuais acima do registrado em outubro do ano passado.

Já a taxa composta de subutilização (índice que apura quem está sem emprego, os instáveis e aqueles com força de trabalho em potencial) caiu para 19,5%, 6,7 pontos percentuais abaixo da registrada no mesmo trimestre do ano passado. A população subutilizada somou 22,7 milhões de pessoas – 7,2 milhões a menos que em outubro de 2021, o que corresponde a uma queda de 24,2% no período.

Rendimento

O trimestre encerrado em outubro também demonstra a tendência de crescimento para o número de empregados com Carteira de Trabalho assinada. Em relação ao trimestre anterior, o aumento foi de 2,3% (822 mil pessoas), equivalente a 36,6 milhões.

O rendimento real habitual – valor médio recebido mensalmente por trabalhadores – também cresceu: o aumento foi de 2,9% em relação ao trimestre anterior, atingindo o total de R$ 2.754.

O destaque vai para as altas de rendimento no grupo de empregado no setor público, o que inclui servidores estatutários e militares (3,4%); trabalhadores por conta própria (3,3%); e o grupo de empregados com Carteira de Trabalho assinada (3,1%).

Os salários aumentaram mais nos setores de transporte, armazenagem e correio (6,5%); agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (5,7%); e construção civil (5,5%).

Sem carteira assinada e informalidade

O levantamento ainda contabilizou 13,4 milhões de empregados sem carteira assinada no setor privado. Mais um recorde na série, o número indica aumento de 2,3% (297 mil brasileiros) contra o trimestre anterior, e de 11,8% (1,4 milhão de pessoas) no ano.

Já a taxa de informalidade foi 39,1% da população ocupada – menor que o trimestre anterior, quando foi de 39,4%, e que o mesmo período do ano passado, quando atingiu 40,7%. O número de trabalhadores informais chegou a 39 milhões.

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