Trabalho infantil afeta 1,8 milhão de crianças e adolescentes no Brasil
Em 2019, as vítimas eram 66,4% do sexo masculino e 33,6% do feminino
atualizado
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Mais de 1,8 milhão de crianças e adolescentes são vítimas do trabalho infantil no Brasil. Isso é o que mostra pesquisa PNAD Contínua, divulgada nesta quinta-feira (17/12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Do total, 1,3 milhão realiza atividades econômicas, sendo que, desses, 46% estavam ocupadas em trabalho perigoso, como serralheria e coleta de material reciclável. O restante (463 mil) faz atividades de autoconsumo.
Apesar do retrato, referente ao ano passado, houve uma redução de 16,8% (357 mil pessoas) no contingente de crianças e adolescentes em trabalho infantil frente a 2016, quando 2,1 milhões de menores de idade trabalhavam.
Logo, o trabalho infantil caiu de 5,3%, em 2016, para 4,6% das pessoas de 5 a 17 anos, em 2019. “A queda foi ligeiramente maior para a população de meninos”, explica a gerente da pesquisa Maria Lucia Vieira.
Essa queda maior entre os rapazes, contudo, já era esperada pela pesquisadora do IBGE, uma vez que há mais meninos que meninas no trabalho infantil: 66,4% são do sexo masculino e 33,6%, do sexo feminino.
Quanto à faixa de idade, o total da população em trabalho infantil (1,8 milhão) seguia a seguinte distribuição, segundo o IBGE: 21,3% tinham de 5 a 13 anos; 25,0%, 14 e 15 anos e a maioria, 53,7%, tinham 16 e 17 anos de idade.