Haddad rebate críticas: “Avaliem minha equipe quando estiver montada”
Futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad anunciou nesta terça-feira dois auxiliares: Gabriel Galípolo e Bernard Appy
atualizado
Compartilhar notícia
Ao ser questionado sobre a reação do mercado sobre uma suposta falta de pluralidade da equipe econômica do governo Lula 3, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (13/12) que é necessário esperá-lo terminar de montar a equipe.
“Eu peço, até a gentileza, que vocês façam uma avaliação da equipe na hora em que ela estiver montada. Estou anunciando um secretário-executivo que, pelo que eu saiba, nunca participou de uma única reunião do PT na vida dele, nunca teve uma filiação partidária e que até outro dia era presidente de banco”, disse, ao olhar para o economista Gabriel Galípolo, anunciado como o número 2 de Haddad.
Além de Galípolo, Haddad afirmou que o economista Bernard Appy será o secretário especial da pasta para a reforma tributária. Os dois nomes foram antecipados pelo colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.
“Se vocês consultarem o mercado para quem vocês eventualmente ligam, eu duvido que o Bernardo Appy tenha alguma restrição técnica sobre a maneira como ele enxerga o mundo. É uma pessoa com uma dedicação incrível, que fez parte de um governo ultraexitoso na área econômica”, afirmou o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação.
Haddad afirmou, em seguida, que não consegue ver preocupação com os dois nomes que anunciou até então e ressaltou que ele foi convidado para ser “ministro da Fazenda do Brasil”.
“Então preciso pensar o país. Quando eu falo que tenho que resolver o problema sem tirar o pobre do orçamento, não sei se sobre essa segunda parte muita gente concorda, mas eu concordo, por isso eu vim para um governo que tem esse princípio”, disse ele.
Mais cedo, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou o nome do economista Aloizio Mercadante para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNES).
Haddad afirmou que as presidências da Caixa Econômica e do Banco do Brasil (BB) também serão decididas por Lula.