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Haddad despista sobre escolha para Fazenda, mas já fala como ministro

Em entrevista à Globonews, Fernando Haddad diz que prioridade do novo governo será melhorar a qualidade do gasto público

atualizado

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Convidado a discursar em evento organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fernando Haddad deixou claro que aceitou o convite apenas para falar na qualidade de representante do presidente eleito Lula. O petista tentou afastar os rumores de que já teria sido escolhido para comandar o ministério da Fazenda.

Mas na condição de representante, Haddad falou como ministro. Em entrevista à Globonews, o ex-ministro da Educação e candidato derrotado ao governo de São Paulo elencou as prioridades econômicas do próximo governo: melhorar a qualidade do gasto do Estado e fazer a reforma tributária.

“Nossa agenda é a de arrumar o orçamento público, ordenar programas que foram desmontados no último governo e investir mais no futuro”, disse Haddad ao canal.

Ele afirmou que houve uma perda de qualidade do gasto público, e que esse é um diagnóstico que não vem do bojo petista, e sim de economistas liberais. Para exemplificar a crítica, Haddad citou a distribuição de recursos pelo Auxílio Brasil.

“O Bolsa Família distribuía 0,5% do PIB e foi capaz de erradicar a fome. O Auxílio Brasil gasta 1,6% do PIB e não conseguiu resolver essa questão, porque é um gasto mal empenhado, com irregularidades. Perdemos a capacidade de gerir bem os recursos públicos”, afirmou o ministeriável.

Sobre a sua possível nomeação para o ministério da Fazenda, Haddad disse que a decisão não foi tomada. “Quem compõe o ministério é o presidente Lula, e ele o fará no tempo em que achar adequado”, despistou ele.

Reforma tributária

Outra agenda importante do próximo governo será a aprovação da reforma tributária. O tema já havia aparecido no discurso de Haddad a uma plateia de 350 empresários e figuras políticas, no evento da Febraban, e foi reforçado na entrevista para a Globonews.

“Em 2007 o presidente Lula encaminhou para o Congresso uma PEC [de reforma tributária] que tinha o apoio de todos os governadores, mas para a nossa surpresa não foi aprovado”, lembrou o petista.

Ele afirmou que a proposta de reforma tributária que está no Congresso é “ainda melhor” do que a que o governo enviou no segundo mandato de Lula, e que teria todas as condições de ser aprovada ainda em 2023.

O projeto, desenhado pelos tributaristas Bernard Appy e Nelson Machado, está tramitando no Congresso desde 2019, mas não avançou para a aprovação, segundo Haddad, por falta de empenho do governo de Jair Bolsonaro.

Na entrevista, o ministeriável afirmou que Appy e Machado são figuras de confiança de Lula, assim como o economista Pérsio Arida, um dos formuladores do Plano Real e membro da equipe de transição do próximo governo.

Relação com Pérsio

Questionado sobre sua relação com Arida, que estaria sendo cotado para o ministério do Planejamento, em uma “dobradinha” com Haddad, o possível chefe da Fazenda adotou um tom elogioso.

“Tenho uma relação ótima com o Pérsio desde sempre, desde quando eu era mestrando e ele professor de Economia da USP”, disse.

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