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Haddad define decisão do BC de manter juros a 13,75% como “preocupante”

Apesar das pressões, Banco Central manteve taxa de juros em patamar considerado alto, em 13,75%. Banco publicou decisão nesta quarta (22)

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O ministro da Economia, Fernando Haddad, fala em palestra na FIESP, em São Paulo. Ele aparece falando sentado diante de microfone - Metrópoles
1 de 1 O ministro da Economia, Fernando Haddad, fala em palestra na FIESP, em São Paulo. Ele aparece falando sentado diante de microfone - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de manter a taxa básica de juros da economia brasileira em 13,75% ao ano como “preocupante”. Haddad fez os comentários na noite desta quarta-feira (22/3), pouco depois do anúncio da Selic.

“Considerei o comunicado [do Banco Central sobre a taxa de juros] preocupante, muito preocupante, porque hoje nós divulgamos o relatório bimestral da Lei de Responsabilidade Fiscal, mostrando que as nossas projeções de janeiro estão se confirmando”, argumentou Fernando Haddad.

O ministro da economia ainda destacou que o Copom ainda sinalizou a possibilidade de aumento dos juros básicos. “Que já é hoje a mais alta do mundo”, disse o ministro. Para Haddad, a não apresentação do arcabouço fiscal — conjunto de regras para impedir o desequilíbrio das receitas públicas — não é responsável pela decisão do BC.

“Acredito que não [influenciou] porque, pela PEC da Transição, a apresentação do arcabouço estava prevista para agosto. Me comprometi a entregar junto com a LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] para o Congresso Nacional, e a divulgação estava prevista para março e ocorrerá logo depois da nossa visita à China. Então, isso não pode ter sido parte das considerações do Copom nesse momento”, afirmou o chefe da Fazenda.

Segundo Haddad, o governo “fará chegar” ao Banco Central o entendimento que tem da economia e as preocupações com a taxa de juros.

“Nós vamos fazer chegar ao Banco Central a nossa análise do que é mais recomendável para a economia brasileira encontrar o equilíbrio. O equilíbrio de trajetória da dívida, da inflação, das contas públicas, de atendimento às demandas sociais, esse conjunto de fatores precisa ser considerado segundo a própria lei que dá autonomia ao Banco Central”, ressaltou.

Outras criticas

Além do ministro da Fazenda, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, censurou a decisão pela manutenção da taxa básica de juros. “Como empresários podem captar recursos com os maiores juros do mundo? Como investir se o dinheiro aplicado rende 8% reais?”, questionou a deputada federal nas redes sociais. E questionou o presidente do BC, Roberto Campos Neto.

O deputado Gulherme Boulos (PSol), engrossou o coro contra a medida adotada pelo pelo Banco Central, que classificou de “absurda”. O parlamentar prometeu uma convocação do presidente de Roberto Campos Neto na Comissão de Tributação na Câmara dos Deptados.

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