Guedes volta a defender benefícios sociais: “Não é populismo fiscal”
As declarações foram dadas na noite de quinta-feira (5/8), na Expert XP, evento para investidores realizado em São Paulo
atualizado
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a rebater críticas aos programas de ajuda social implementados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Para ele, os benefícios não podem ser encarados como “populismo fiscal”.
As declarações foram dadas na noite de quinta-feira (5/8), na Expert XP, evento para investidores realizado em São Paulo.
Após aprovação da PEC dos Auxílios na Câmara dos Deputados, que injeta R$ 41,25 bilhões para ampliação de valores de programas sociais existentes, além de estipular a criação de novos benefícios, esse tipo de crítica se tornou recorrente, sobretudo, pela proximidade da eleição presidencial.
Na prática, a PEC modificaram o teto de gastos, mecanismo que limita a evolução de despesas públicas acima da inflação.
“Passaram o ano passado inteiro dizendo: populismo fiscal, populismo fiscal. Chegou no fim do ano, o primeiro superávit desde 2013. Cadê o populismo fiscal? Onde é que está o populismo fiscal de um governo que, pela primeira vez desde 2013, gera um superávit?”, reclamou.
Antes, em julho, o ministro já havia defendido que os benefícios não são uma estratégia eleitoreira e buscam sanar a carestia que vive as famílias mais pobres do país.
“Tem que escolher: se as pessoas estão passando fome e cozinhando a lenha, os programas de benefícios não são eleitoreiros. Se são, não tinha ninguém passando fome e cozinhando a lenha”, condenou.
“Economia vai bem”
No mesmo evento, o ministro demonstrou otimismo com a situação do país ao conversar com investidores. Segundo ele, o “Brasil já sacudiu a poeira”.
Para Guedes, o Brasil se sairá melhor que outras nações na retomada econômica após o período mais duro da pandemia de Covid-19 e da instabilidade causada pela guerra na Ucrânia.
“Tem muito país que se considera avançado e que não vai aguentar o tranco”, frisou.
O ministro, ao longo de sua fala, voltou a citar a queda no desemprego e revisões para cima das projeções do Produto Interno Bruto (PIB). Para ele, o país entrou no “ciclo longo de crescimento”.