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Guedes volta a defender benefícios sociais: “Não é populismo fiscal”

As declarações foram dadas na noite de quinta-feira (5/8), na Expert XP, evento para investidores realizado em São Paulo

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, gesticula durante fala frente a microfone - Metrópoles
1 de 1 O ministro da Economia, Paulo Guedes, gesticula durante fala frente a microfone - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a rebater críticas aos programas de ajuda social implementados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Para ele, os benefícios não podem ser encarados como “populismo fiscal”.

As declarações foram dadas na noite de quinta-feira (5/8), na Expert XP, evento para investidores realizado em São Paulo.

Após aprovação da PEC dos Auxílios na Câmara dos Deputados, que injeta R$ 41,25 bilhões para ampliação de valores de programas sociais existentes, além de estipular a criação de novos benefícios, esse tipo de crítica se tornou recorrente, sobretudo, pela proximidade da eleição presidencial.

Na prática, a PEC modificaram o teto de gastos, mecanismo que limita a evolução de despesas públicas acima da inflação.

“Passaram o ano passado inteiro dizendo: populismo fiscal, populismo fiscal. Chegou no fim do ano, o primeiro superávit desde 2013. Cadê o populismo fiscal? Onde é que está o populismo fiscal de um governo que, pela primeira vez desde 2013, gera um superávit?”, reclamou.

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Trata-se, na verdade, de um compromisso do Estado com as contas públicas a longo prazo, para que, dessa forma, os gastos governamentais sejam controlados, e a dívida consiga estabilidade
Além disso, o mecanismo incentiva a realização de reformas estruturais, uma vez que exige de governantes a determinação de prioridades, impedindo, desse modo, que as despesas cresçam de maneira insustentável
Também chamada de novo regime fiscal, a regra diz respeito às despesas da União, com algumas exceções, tais como: créditos extraordinários, despesas da Justiça Eleitoral com as eleições, transferências constitucionais aos estados, municípios e ao DF, despesas de capitalização de estatais não dependentes e complementações ao Fundeb
O teto de gastos, portanto, mantém as contas públicas sob controle e permite que a taxa básica de juros da economia seja mais baixa. Dessa forma, o governo alega que com juros menores é concebível a geração de empregos e, como consequência, crescimento
Além disso, o mecanismo impede que o governo federal crie um Orçamento para a União maior do que o do ano anterior. Alguns gastos, contudo, podem até crescer, desde que outras áreas sofram cortes, o que acendeu alerta da oposição
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Em vigor desde 2017, a PEC do Teto de Gastos tem o objetivo de limitar os gastos do governo por ano. Isso significa que o crescimento dos gastos públicos seria totalmente controlado por lei

Igo Estrela/Metrópoles
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Trata-se, na verdade, de um compromisso do Estado com as contas públicas a longo prazo, para que, dessa forma, os gastos governamentais sejam controlados, e a dívida consiga estabilidade

Pixabay
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Além disso, o mecanismo incentiva a realização de reformas estruturais, uma vez que exige de governantes a determinação de prioridades, impedindo, desse modo, que as despesas cresçam de maneira insustentável

Michel Jesus/Câmara dos Deputados
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Também chamada de novo regime fiscal, a regra diz respeito às despesas da União, com algumas exceções, tais como: créditos extraordinários, despesas da Justiça Eleitoral com as eleições, transferências constitucionais aos estados, municípios e ao DF, despesas de capitalização de estatais não dependentes e complementações ao Fundeb

Imagens cedidas ao Metrópoles
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O teto de gastos, portanto, mantém as contas públicas sob controle e permite que a taxa básica de juros da economia seja mais baixa. Dessa forma, o governo alega que com juros menores é concebível a geração de empregos e, como consequência, crescimento

Myke Sena/Especial Metrópoles
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Além disso, o mecanismo impede que o governo federal crie um Orçamento para a União maior do que o do ano anterior. Alguns gastos, contudo, podem até crescer, desde que outras áreas sofram cortes, o que acendeu alerta da oposição

Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
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À época em que a proposta foi aprovada, o então ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou que a regra do teto retiraria direitos da população

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Contudo, o fato de despesas de educação e saúde estarem englobadas na PEC gerou grande polêmica. Especialistas que se opuseram ao teto afirmam que a diminuição dos gastos afeta, principalmente, as camadas mais baixas da população, o que tende a aumentar a desigualdade social no país

Divulgação SES-AM
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Mario Tama/Getty Images
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E recebeu simultaneamente o Auxílio Emergencial

Marcello Casal jr/Agência Brasil
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O teto de gastos tem vigência até 2036, ou seja, durará por 20 anos. Contudo, a partir do décimo ano, o presidente em vigor poderá modificar o formato de correção das despesas públicas

Vinicius Santa Rosa/Metrópoles

Antes, em julho, o ministro já havia defendido que os benefícios não são uma estratégia eleitoreira e buscam sanar a carestia que vive as famílias mais pobres do país.

“Tem que escolher: se as pessoas estão passando fome e cozinhando a lenha, os programas de benefícios não são eleitoreiros. Se são, não tinha ninguém passando fome e cozinhando a lenha”, condenou.

“Economia vai bem”

No mesmo evento, o ministro demonstrou otimismo com a situação do país ao conversar com investidores. Segundo ele, o “Brasil já sacudiu a poeira”.

Para Guedes, o Brasil se sairá melhor que outras nações na retomada econômica após o período mais duro da pandemia de Covid-19 e da instabilidade causada pela guerra na Ucrânia.

“Tem muito país que se considera avançado e que não vai aguentar o tranco”, frisou.

O ministro, ao longo de sua fala, voltou a citar  a queda no desemprego e revisões para cima das projeções do Produto Interno Bruto (PIB). Para ele, o país entrou no “ciclo longo de crescimento”.

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